Veja a lista completa em: http://goo.gl/9KqNJm
O que você costumava fazer, porém agora não faz mais?
Eu costumava ter dó das pessoas que iam ao shopping sozinhas. Eu tinha dó de quem comia um lanche sozinho... Imaginava que eram pessoas mal-amadas, solitárias e tudo mais. Pior ainda sobre pessoas que iam ao cinema sozinhas.
Eu costumava frequentar o Cinemark com minha família ou amigos, ver alguém sozinho era estranho.
Hoje em dia eu sou essa pessoa. Como sozinha TODOS OS DIAS, no shopping, no bar, na vendinha, na rua... Sou a pessoa que vai ao cinema sozinha.
Tenho amigos, claro, mas os horários que eu tenho disponíveis não são os mesmos dos outros. Às vezes tenho vontade de ir ao Burger King. Preciso esperar que alguém vá comigo? Claro que não. Vou quando eu quiser e já era. É um lanche de fastfood, não um jantar de negócios.
Às vezes tenho vontade de me sentar junto a alguém que também esteja sozinho. Socializar sem segundas intenções, apenas... conversar. Mas não.
quinta-feira, 31 de julho de 2014
segunda-feira, 28 de julho de 2014
642 coisas sobre as quais escrever #2
Veja a lista completa em: http://goo.gl/9KqNJm
Você é um(a) super-herói(heroína). Quais são os seus super poderes e como pretende usá-los?
Assim como aprendi a andar, aprendi a controlar minha mente. Não me lembro como foi e nem quando foi, mas sei que aprendi. Assim como podemos andar arrastando os pés para que todos nos ouçam, sei como fazer para que a mente alheia ouça meu pensamento. Assim como podemos andar em silêncio, aprendi a me infiltrar na mente alheia para ouvir pensamentos e não interferir em nada.
Aprendemos também a controlar velocidade. Se corremos, nos cansamos; e é assim que acontece com minha mente. Ela não para, é verdade, mas é necessário haver um padrão de uso.
Meus planos são visionários, mas possíveis. Gostaria de ler a mente de cada ser humano e prever as ações que essa pessoa pode tomar. Isso poderia evitar guerras e mortes desnecessárias. Quero entrar na cabeça de líderes mundiais e estabelecer a cooperação entre todos. Quero entrar na cabeça do líder da Coreia do Norte e acabar com aquela coisa ridícula que ele chama de governo.
Pode parecer que quero controlar o mundo, mas... Não é isso. Só quero colocar todos no rumo certo, sem conflitos de interesses.
Como já diria minha mãe: o que é certo, é certo.
Você é um(a) super-herói(heroína). Quais são os seus super poderes e como pretende usá-los?
Assim como aprendi a andar, aprendi a controlar minha mente. Não me lembro como foi e nem quando foi, mas sei que aprendi. Assim como podemos andar arrastando os pés para que todos nos ouçam, sei como fazer para que a mente alheia ouça meu pensamento. Assim como podemos andar em silêncio, aprendi a me infiltrar na mente alheia para ouvir pensamentos e não interferir em nada.
Aprendemos também a controlar velocidade. Se corremos, nos cansamos; e é assim que acontece com minha mente. Ela não para, é verdade, mas é necessário haver um padrão de uso.
Meus planos são visionários, mas possíveis. Gostaria de ler a mente de cada ser humano e prever as ações que essa pessoa pode tomar. Isso poderia evitar guerras e mortes desnecessárias. Quero entrar na cabeça de líderes mundiais e estabelecer a cooperação entre todos. Quero entrar na cabeça do líder da Coreia do Norte e acabar com aquela coisa ridícula que ele chama de governo.
Pode parecer que quero controlar o mundo, mas... Não é isso. Só quero colocar todos no rumo certo, sem conflitos de interesses.
Como já diria minha mãe: o que é certo, é certo.
domingo, 27 de julho de 2014
642 coisas sobre as quais escrever #1
Entenda o projeto e veja a lista completa: http://goo.gl/MZMG40
#1- Descreva a sua aparência física (na terceira pessoa), como se você fosse uma personagem de livro.
Andava rápido, como se estivesse perseguindo ou sendo perseguida. Assim como quase todos os dias, usava uma camiseta sem estampas, calça jeans azul e all star preto. Gostava de usar preto por duas razões: porque preto combina com absolutamente tudo e porque -o mais importante- simplesmente gostava.
O celular no bolso direito vibrou, indicando a chegada de uma nova mensagem. Ela continuou andando, como se nada tivesse acontecido. Evitava a todo custo pegar o celular na rua. Era uma pessoa que vivera pouca, mas parecia ser velha. Sabia coisas da vida que outros demorariam anos a descobrir. "Capricornianos!" disse uma amiga uma vez.
O vento bateu em seu rosto e desarrumou os cabelos castanhos. Preferia chamá-los de juba, mas nos últimos meses a juba havia sido aparada e ela ainda brigava com o cabelo que demorava tanto para crescer.
Os olhos castanhos corriam de um lado para o outro como se nunca tivesse visto nada daquilo. "O Olhar do Estrangeiro" era o que os professores da faculdade diziam e ela ecoava. Tentava enxergar tudo como se estivesse vendo pela primeira vez. Era uma tarefa não muito fácil.
Não era muito arrumada. Usava um all star preto e sujo, com cardaços que pareciam ter sobrevivido à Segunda Guerra. As unhas nunca estavam pintadas e estava de cara limpa. Não tinha tempo para essas coisas fúteis. Preferia usar sua sobra de tempo dormindo - porque tinha muito sono.
Ela parou na frente da padaria que gostava tanto e a atendente sorriu. Sua rotina era tão conhecida que todos os dias já havia uma coxinha com catupiri reservada. Sentou-se no último banco disponível e ficou observando a rua.
#1- Descreva a sua aparência física (na terceira pessoa), como se você fosse uma personagem de livro.
Andava rápido, como se estivesse perseguindo ou sendo perseguida. Assim como quase todos os dias, usava uma camiseta sem estampas, calça jeans azul e all star preto. Gostava de usar preto por duas razões: porque preto combina com absolutamente tudo e porque -o mais importante- simplesmente gostava.
O celular no bolso direito vibrou, indicando a chegada de uma nova mensagem. Ela continuou andando, como se nada tivesse acontecido. Evitava a todo custo pegar o celular na rua. Era uma pessoa que vivera pouca, mas parecia ser velha. Sabia coisas da vida que outros demorariam anos a descobrir. "Capricornianos!" disse uma amiga uma vez.
O vento bateu em seu rosto e desarrumou os cabelos castanhos. Preferia chamá-los de juba, mas nos últimos meses a juba havia sido aparada e ela ainda brigava com o cabelo que demorava tanto para crescer.
Os olhos castanhos corriam de um lado para o outro como se nunca tivesse visto nada daquilo. "O Olhar do Estrangeiro" era o que os professores da faculdade diziam e ela ecoava. Tentava enxergar tudo como se estivesse vendo pela primeira vez. Era uma tarefa não muito fácil.
Não era muito arrumada. Usava um all star preto e sujo, com cardaços que pareciam ter sobrevivido à Segunda Guerra. As unhas nunca estavam pintadas e estava de cara limpa. Não tinha tempo para essas coisas fúteis. Preferia usar sua sobra de tempo dormindo - porque tinha muito sono.
Ela parou na frente da padaria que gostava tanto e a atendente sorriu. Sua rotina era tão conhecida que todos os dias já havia uma coxinha com catupiri reservada. Sentou-se no último banco disponível e ficou observando a rua.
terça-feira, 22 de julho de 2014
Facebook e a caixinha de papelão
Hoje em dia é raro encontrar pessoas que não possuem contas
no Facebook. Antes o público adolescente era a maioria, mas basta olhar ao
redor para encontrarmos avós e netos compartilhando uma foto.
Dos muitos avanços que as redes sociais trouxeram, o
principal seria o contato que amigos e parentes começaram a ter. Não é prático
fazer uma ligação para um primo em outro Estado, mandar uma carta muito menos,
mas curtir uma foto ou comentar em um post é a maneira mais rápida e simples de
se manter contato.
As informações também começaram a chegar em ondas. Curtindo
a página dos principais meios de comunicação, não há mais necessidade de
ouvirmos rádio ou assistirmos televisão. Sabemos de tudo com atualizações em
tempo real e compartilhamos essas informações para nossos amigos.
Mas até onde essa liberdade toda vai? Nossas curtidas não param
apenas em veículos de comunicações. Curtimos páginas religiosas, de enternecimento,
de frases inspiradoras e as que publicam fotos de filhotes bonitinhos.
As coisas que gostamos acabam tomando conta de nossa
timeline e de nossas vidas. Nossos amigos (que geralmente têm os mesmos
interesses que nós), compartilham as mesmas coisas que recebemos pelas páginas
que curtimos. Uma página leva a outra e acabamos nos afogando em um único
assunto.
Conheço pessoas que são fãs fascinadas por determinado grupo
musical. Essa pessoa é daquelas fãs que sabem até o nome do filhote do cachorro
do irmão do baixista da banda. Sim, é chato.
Há algum tempo estive olhando a timeline dessa pessoa e
percebi que as informações que estavam ali não apareciam de jeito nenhum para
mim (assim como as minhas informações não apareciam para essa pessoa). Eu não
tinha como ficar sabendo do novo escândalo que a boyband se envolveu, assim
como esta garota não tinha como saber que o Thor agora será uma mulher.
Por quê?
Desde então tenho me vigiado nesse aspecto. Fiz questão de
curtir a Capricho, a Igreja Universal do Reino de Deus e a página do Furby.
Nenhuma dessas coisas me agrada (chegam a me irritar, para falar a verdade),
mas elas fazem parte do mundo! Preciso saber o que aquele grupo social está
comentando.
Também percebi que eu estive escolhendo amigos. Alguns que
postavam coisas absurdas (ao meu ver, claro), acabaram sendo excluídos, outros
foram apenas ocultados de minha timeline.
Por quê?
Ouvir o que não queremos é ruim. Ninguém gosta de um hater comentando todo maldito post.
Acabamos cedendo à comodidade e bloqueando aquele maldito miserável. Mas será
que era um maldito miserável mesmo?
Opiniões contrárias, culturas diferentes, opiniões
distintas. Uma das minhas frases preferidas é: Não concordo com o que dizes,
mas defenderei até a morte o seu direito de o dizer (Voltaire). Quem disse que
a sua opinião é a certa? Talvez aquela boyband seja um lixo, mas talvez seja a
reencarnação dos Beatles. Talvez os vegetarianos estejam certos e comer bacon
seja a coisa mais errada do mundo. Talvez os cristãos estejam certos, ou talvez
os gregos? Os egípcios? Os maias?
Se você é ateu, curta a página da Universal. Não precisa
comentar em tudo que eles postarem, mas apenas observe. Veja como uma legião de
ovelhas segue o lob... o pastor.
Se você é crente, curta páginas sobre mitologia. Temos egípcios,
gregos, romanos, maias, astecas, incas, nórdicos... Veja as postagens, descubra
o que é hidromel e veja a quantidade de semelhanças entre religiões antigas e a
Bíblia.
Todos nós temos uma caixa de papelão sobre nossas cabeças,
tapando nossa visão. Pintamos as paredes de dentro das cores que mais gostamos,
com filhotinhos de cachorro e profundas frases de reflexão... Ok, ok, o
conformismo é essencial para a felicidade humana.
Faça apenas um furo nessa caixa. Faça com que pelo menos um
olho enxergue além. Veja o mundo como
ele é, não como gostamos que ele seja. Liberte-se.
domingo, 20 de julho de 2014
Sobre os caras e carinhas
Não sou alguém com uma grande lista de relacionamentos. Tenho
duas explicações para isso: sou muito chata e as pessoas não me aguentam por
muito tempo. Ação e reação, claro. Entendo isso e não reclamo.
Muitos disseram algumas verdades durante discussões,
verdades como a minha superficialidade, a soberba e muitas coisas relacionadas.
Não discutia sobre isso, pois sei que é verdade. Aprendi muito com cada um
deles e acho que eles aprenderam algo comigo também. O “saber ouvir”, o
respeito, a confiança e a cumplicidade. São coisas simples que todos achamos
que sabemos, mas na verdade não sabemos de absolutamente nada. Não estou cuspindo
no prato que comi, tenha certeza disso.
Acho, porém, que sou uma pessoa de conceitos fiéis. Eu nunca
fui a primeira a demonstrar afeito e a mandar músicas românticas no chat. Não
sou precipitada em imaginar casamentos, filhos e uma casinha no campo. Sou
realista, muito realista, e às vezes confundida como fria. Não sou fria.
Juras de amor eterno quando você não conhece nada da vida
não servem para nada. Tantas coisas juradas são colocadas de lado do dia para a
noite, depois de uma briga ou de um “até logo”. Juras de amor são mentiras que
devem ser ditas numa madrugada e esquecidas na manhã seguinte – por ambos os
lados.
Porém existe uma coisa que não podem dizer que sou assim tão
ruim: a música que representava determinada pessoa, SEMPRE vai representar
determinada pessoa. Seja um sertanejo, seja um rock, seja uma nacional que todo
mundo conhece... Quando eu ouvir aquela música, lembrarei de determinada
pessoa.
O mesmo acontece com filmes, títulos, brincadeiras e
qualquer coisa que tenha sentido apenas para os dois. É claro que muitos filmes
são evitados depois de alguns anos e muitas músicas são excluídas do celular...
Mas continuam representando uma única pessoa.
Tenho percebido que os homens que me chamavam de fria não pensam da mesma maneira. Vejo
músicas sendo compartilhadas, vejo citações sendo feitas e títulos sendo
re-encaixados em um contexto que não faz sentido. Chame-a de “meu átomo” e ela
não saberá do que você está falando. Chega a ser trágico.
Não seria uma maneira de trair a pessoa? Chamar uma garota
por nomes que você já chamou outra, há um bom tempo. Não seria uma maneira de
relembrar casos passados? Seria de propósito? Seria uma maneira de substituir
perdas?
Qualquer que seja a resposta, eu considero como uma coisa
triste. É como dar o nome de um cachorro morto para um novo filhote. Carregar
lembranças, como se colasse a foto do meu rosto em outras pessoas. Triste,
psicótico e desleal.
Quem é o superficial da história mesmo? Ah, deuses... Vocês,
homens, são engraçados e (alguns) são patéticos. Seja como for, fizeram minha
diversão antes e continuam gerando risadas. Antes com vocês e agora de vocês.
São divertidos, é o que importa.
quarta-feira, 2 de julho de 2014
Gringo, are you lost?
Pois bem. Hoje eu esqueci meu livro em casa (na verdade
esqueci de pegar um novo porque terminei um ontem). Precisava gastar meu tempo
de alguma outra maneira.
Abri o meu blog e comecei a ler textos aleatórios de 2011.
Não demorou muito para que eu começasse a encontrar comentários que eu nunca
tinha lido e que me motivaram bastante.
Pois bem... Vocês comentaram, vocês me motivaram. Escrevo
para fantasmas anônimos. Isso é tipicamente Pânico Psicótico.
Então, senhoras e senhores... Fantasmas que me rodeiam,
pessoas sem face e com um bom coração (na maioria das vezes).
Hoje ajudei um cara da Romênia. Eu estava na linha vermelha do
metrô lendo um livro. Estava quase chegando na Sé quando resolvi parar de ler e
voltar à realidade.
Há poucos metros estava um grupo de argentinos. Eles fizeram
amizade com um grupo de brasileiros e conversavam sobre futebol (claro).
Enquanto isso um rapaz de camiseta preta estava com um mapa dobrado nas mãos.
Gringo perdido.
Fiquei observando-o por alguns instantes. Ele estava com uma
mochila gigantesca nas costas e sua camiseta estava para dentro da calça jeans.
Com certeza ele não era daqui. Os olhos claros olhavam para o mapa da linha
metroviária a cada segundo. Estava perdido, fato.
Mesmo assim dei uma chance para que ele se orientasse
sozinho. As portas da estação Sé se abriram e eu sai. Esperei alguns metros
dali o rapaz (falo como se ele fosse mais novo que eu, mas deveria ter uns 8
anos a mais). Ele saiu olhando para os lados, claro.
─ Você está perdido? ─perguntei.
─ Eu não falo port...
─ Are you lost? ─sorri.
Eu vi os olhos do gringo darem graças aos deuses naquele
instante.
─ Where are
you going? Maybe I can help you.
─ Big Market!
Contei essa história para pouquíssimas pessoas. Todas não
entenderam o “Big Market”, mas na hora eu entendi o que ele queria dizer. Todos
os turistas (gringos ou não) querem visitar o Mercado Municipal de São Paulo...
Também conhecido popularmente como Mercadão (entendeu? Mercadão, Big Market)
Expliquei pro cara que eu poderia ir com ele até metade do
caminho e nos pusemos a descer as escadas para a linha azul. Meu inglês anda um
pouco enferrujado, então me desculpei por não falar tão bem quanto eu gostaria
e perguntei de onde ele era.
Não era Americano, com certeza. Não era Canadense, com toda
certeza... Eis que o homem me diz que é da ROMENIA! Mano, o lugar é muito
longe! Ele todo educadinho perguntou se estava me atrapalhando. Falei que eu
trabalhava ali perto e ele, todo interessado, quis saber o que eu fazia.
Falei que estudava jornalismo e que trabalhava no ramo. O
cara ficou tipo: UOW. SUCH A JOURNALIST. MUCH CLEVER.
Falei que ele poderia visitar a Praça da Sé (não sei o que
os turistas querem ver lá, mas enfim...) e a 25 de Março. O cara respondeu que
não podia ver lojinhas porque se comprasse muita coisa, não caberia na mala
dele.
Ele estava fazendo um mochilão. Tudo que ele tinha estava
ali, nas costas. Por um breve momento eu o invejei. Ele estava em um país longe
pacarai, não falava nada além de “Obrrrigado” e “Eu não sei falar puórtugês”.
Por um momento eu quis dizer “Moço, espera aqui que eu já
venho com a minha mala”.
Chegou o momento de nos despedirmos. Ele subiu as escadas e
eu fui reto. “Bye”. Nem tive tempo de desejar boa sorte.
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