domingo, 20 de julho de 2014

Sobre os caras e carinhas


Não sou alguém com uma grande lista de relacionamentos. Tenho duas explicações para isso: sou muito chata e as pessoas não me aguentam por muito tempo. Ação e reação, claro. Entendo isso e não reclamo. 
Muitos disseram algumas verdades durante discussões, verdades como a minha superficialidade, a soberba e muitas coisas relacionadas. Não discutia sobre isso, pois sei que é verdade. Aprendi muito com cada um deles e acho que eles aprenderam algo comigo também. O “saber ouvir”, o respeito, a confiança e a cumplicidade. São coisas simples que todos achamos que sabemos, mas na verdade não sabemos de absolutamente nada. Não estou cuspindo no prato que comi, tenha certeza disso.
Acho, porém, que sou uma pessoa de conceitos fiéis. Eu nunca fui a primeira a demonstrar afeito e a mandar músicas românticas no chat. Não sou precipitada em imaginar casamentos, filhos e uma casinha no campo. Sou realista, muito realista, e às vezes confundida como fria. Não sou fria.
Juras de amor eterno quando você não conhece nada da vida não servem para nada. Tantas coisas juradas são colocadas de lado do dia para a noite, depois de uma briga ou de um “até logo”. Juras de amor são mentiras que devem ser ditas numa madrugada e esquecidas na manhã seguinte – por ambos os lados.
Porém existe uma coisa que não podem dizer que sou assim tão ruim: a música que representava determinada pessoa, SEMPRE vai representar determinada pessoa. Seja um sertanejo, seja um rock, seja uma nacional que todo mundo conhece... Quando eu ouvir aquela música, lembrarei de determinada pessoa.
O mesmo acontece com filmes, títulos, brincadeiras e qualquer coisa que tenha sentido apenas para os dois. É claro que muitos filmes são evitados depois de alguns anos e muitas músicas são excluídas do celular... Mas continuam representando uma única pessoa.
Tenho percebido que os homens que me chamavam de fria não pensam da mesma maneira. Vejo músicas sendo compartilhadas, vejo citações sendo feitas e títulos sendo re-encaixados em um contexto que não faz sentido. Chame-a de “meu átomo” e ela não saberá do que você está falando. Chega a ser trágico.
Não seria uma maneira de trair a pessoa? Chamar uma garota por nomes que você já chamou outra, há um bom tempo. Não seria uma maneira de relembrar casos passados? Seria de propósito? Seria uma maneira de substituir perdas?
Qualquer que seja a resposta, eu considero como uma coisa triste. É como dar o nome de um cachorro morto para um novo filhote. Carregar lembranças, como se colasse a foto do meu rosto em outras pessoas. Triste, psicótico e desleal.
Quem é o superficial da história mesmo? Ah, deuses... Vocês, homens, são engraçados e (alguns) são patéticos. Seja como for, fizeram minha diversão antes e continuam gerando risadas. Antes com vocês e agora de vocês. São divertidos, é o que importa.  

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