Decidi imprimir algumas fotos importantes. Queria fazer um
mural com coisas boas para que todo dia eu bata o olho em algo que me lembre que
as coisas não são tão ruins.
Primeiro vasculhei as pastas do computador. Achei algumas
mais recentes com o pessoal da faculdade e das últimas viagens com meus pais. Abri
o Facebook e comecei a vasculhar as fotos antigas... Aquelas que me marcaram,
aquelas que eu nunca nem tinha curtido.
Eis que me deparo com uma que... Óh deuses. É uma dessas
fotos do ensino médio, com uma bela iluminação, colorida... Mas o melhor são os
sorrisos dos envolvidos.
E ali estava eu: no canto da foto, câmera na mão... Eu
sempre estou com a câmera. Gosto de eternizar momentos com as fotos. É por isso
que gosto de fotografar...
Três anos. É tempo o bastante para olhar para trás e se
deprimir? É tempo o bastante para se arrepender? Tenha certeza de que é.
Então volto a olhar para a foto. Estava tudo tão bem naquele
dia... Tudo tão... feliz. É claro, era uma felicidade mentirosa. Por trás
daqueles sorrisos agradáveis, viviam algumas mentiras feias.
Certa vez, meses antes daquela fotografia, descobri uma
dessas mentiras meio que sem querer. Minha curiosidade me faz descobrir coisas
que eu não deveria saber. Coisas que eu não sei como lidar.
Eu li algo e permaneci quieta. Hoje me pergunto se deveria
ter ficado de boca fechada. Talvez as coisas tivessem tomado outros rumos. Rumos
não agradáveis para mim, claro. Cagueta morre cedo, todo mundo sabe.
Mas, ainda assim... Aqueles sorrisos são tão verdadeiros. Aquele momento foi verdadeiro. E então
vem aquela vontadezinha de ter 60 segundos roubados do passado... 60 segundos
que seriam gastos com um pedido de desculpas sincero.
Vou imprimir essa foto. Essa será diferente. Em vez de me
mostrar o quanto foi um momento feliz, vai servir para mostrar o quanto fui
idiota. Um tapa na cara todo dia, toda vez que olhar aquela fotografia.
Hoje fizemos progresso
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