quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

As Aventuras de Leão #5 - correndo dos Zumbis de SP (e ópera)

Esse post é relacionado ao As Aventuras de Leão #4.

Como da outra vez não deu certo, resolveram chamar as estagiárias OUTRA VEZ para a Sala São Paulo.
O trio parada dura estava de volta às ruas de São Paulo.
Dessa vez pelo menos o lugar estava aberto e tinha um evento acontecendo de verdade. Chegamos lá com aquela apreensão de "será que vai dar certo?". O momento decisivo foi quando passamos em uma catraca e voilá: entramos.
Um ambiente bonito, ryco, cheirando a dinheiro e cultura erudita. Chegamos um pouquinho cedo, então ficamos zanzando por ali, vendo a loja de bibelô souvenir, rindo de nossa humilde condição financeira e esperando...
Deu o horário, fomos para o camarote (e a bebida que pisca WAIT, NO) e observamos os músicos se preparando.
Não sei se você, leitor, foi criado em um berço de ouro e alimentado com orquestras, mas eu nunca tinha ido em uma ópera. Eu gosto de ouvir ópera, mas nunca tive o interesse de ir. Fui, afinal.
A ópera é como vinho: se você cresce bebendo dos melhores vinhos, nunca vai gostar de Sangue de Boi... No entanto, eu fui criada com Sangue de Boi e Goes.
A ópera é legal? SIM. Sim, é lindo! Os instrumentos, o maestro, os tenores, tudo... Mas só durante os primeiros 50 minutos. Eu achei que 150 minutos se torna um pouco cansativo e acaba ficando... chato. Mas, como eu disse: quem foi criado com vinho caro, vai gostar de ópera.
Mas fica a dica, pessoal.. Assistam ópera. São Paulo tem concertos gratuitos, é só dar uma pesquisada ai no google.

Enfim, a aventura começa na volta.
Era 11:30 quando decidimos abandonar a ópera e ir pro Metrô (que fecha meia-noite). Estava friozinho e nós nos pusemos a andar de volta para a estação Luz. Eu tentei não fazer contato visual com ninguém na rua porque ali é um pedaço da cracolândia. Fomos indo, fomos indo... No meio do caminho um cara passou na direção oposta e disse "boa noite". Não respondi.
Estávamos QUASE chegando na estrada do Metrô quando vi ~pessoas~ se aproximando atrás da gente. "Acelera o passo!" eu falei ou pensei, não sei até agora. Começamos a andar/correr.
A entrada do metrô (na Av Cásper Líbero, caso a assessoria de imprensa do Metrô esteja lendo isso e queira saber mais detalhes e___e Estou por aqui com essa Companhia ¬¬) estava chegando... Começamos a descer as escadas e então vi alguém se aproximar mais ainda. 
- Não corre, não corre! - disse a voz atrás da gente.
"CORRE!!!!" eu pensei enquanto já estava correndo degraus abaixo. Acho que meu corpo não se deu ao trabalho de verbalizar aquilo. (depois eu viria a descobrir que já tinham pegado a mochila da colega neste momento. Ela não tinha mais como correr). Alcancei a catraca, mas nesse instante ouvi um grito. Olhei para trás e uma zumbi do crack estava dando uma gravata na outra estagiária.
Um funcionário do metrô (que cuidava das catracas) falou alguma coisa pros zumbis saírem, como se fossem um cachorro sarnento entrando na padaria. Nessa hora eles já tinham desistido e vazado dali (depois descobrimos que eles levaram o colar da menina). A outra estagiária correu pra catraca e começou a tentar passar o bilhete único. "Que mané bilhete único!, passa por baixo!" falei pra ela.
Até o momento estou achando que a zumbi voltaria acompanhada de sua horda. No maior estilo zona leste, passei por baixo da catraca e então o funcionário falou: OW, OW, OW! Pode voltar!!
Cara, sério? Ele achou que eu ia aproveitar a situação pra não pagar?? Sério?? Ai o lindão abriu aquela portinha lateral, eu passei de volta para o lado de fora e paguei. Cara, é CLARO QUE EU IA PAGAR! 3 reais não vão me deixar mais pobre ou mais rica! Eu quis enfiar meu bilhete único no nariz daquele segurança.
Resumidamente: O cara não fez nada pra ajudar e ainda quis brigar comigo. Faça-me o favor, né colega? E ainda não fez nada para ajudar a menina que acabou de levar uma gravata do zumbi.




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