sexta-feira, 17 de outubro de 2014

642 coisas sobre as quais escrever #8 e #9

8. Onde você se esconde (da vida, dos pais, dos problemas, etc)?

Livros.
Comecei a ler lá pela 7ª série. Uma vez uma amiga minha (Isabella, a conheço desde 2006) estava lendo um livro chamado Os Sete. O livro me chamou a atenção, pedi emprestado e daí começou minha fome por leitura. Assim que terminei, implorei para que minha mãe comprasse a continuação. Entrei em uma moda de vampiros e li quase todos os livros daquele autor (André Vianco).
Depois comecei a partir para outros e nunca mais parei. Quando comecei a trabalhar, minha coleção de livros passou a crescer exponencialmente. Compro cerca de 3 livros por mês e ainda leio alguns poucos no celular (lindos pdfs disponibilizados na internet <3 p="">A leitura fez com que minha criatividade ficasse ainda mais forte, de modo que não tardou para que eu começasse a escrever contos, crônicas e romances.

9. Complete a sequência e continue escrevendo: "meu primeiro____" ou "minha primeira_____".

Minha primeira história surgiu em uma redação da escola. Me lembro como se fosse hoje. O enredo era um clichê dos mais ridículos: uma casa no meio do nada... O protagonista chega, entra e descobre uma entrada para um mundo subterrâneo. No subsolo existia uma super organização secreta repleta de pessoas com poderes. O protagonista, Jacob, lia mentes.
Nossa... Minha história crescia todos os dias. O personagem criou uma família e tudo mais... Cheguei a pedir para minha mãe imprimir a história no serviço, e ela imprimiu. Até hoje tenho as mais de 300 páginas na gaveta. É uma história podre e muito mal escrita, mas a guardo mesmo assim.
A história que veio a seguir era sobre um grupo de ladrões que queria roubar um banco. Em certo ponto, cheguei até mesmo a chorar com a morte de um personagem QUE EU MESMA MATEI. (RIP Miguel <3 p="">Depois escrevi muitas outras coisas, mas não tão importantes... Guardo todas numa pasta chamada "textos". Às vezes pego alguma coisa daquela pasta para ler e fico surpresa com as coisas que escrevia - muitas vezes nem me lembro de ter escrito aquilo.
Em 2012 comecei uma história mais voltada ao lado detetive... Essa história foi a que mais teve variações de enredo e até hoje faço mudanças na minha cabeça. Gostava tanto dessa que decidi que queria publicar um livro. Procurei editoras e... Resumindo: uma delas disse que publicaria, mas por um valor absurdo. Eu disse que não tinha condiçõe$ de pagar.
Fiquei revoltada com a vida depois disso. Parei de escrever porque não tinha mais ideias e, por muitos meses, aceitei que minha criatividade tinha me abandonado de vez.

No entanto, nos últimos meses tenho voltado a escrever.
Nessa minha última façanha, a jovem Michela se torna uma grande líder militar para reconquistar seu lugar na nobreza medieval. Sim, clichê. Eu sei. EU SEI. Mas não escrevo essa história com a intenção de publicá-la - pelo menos não nos próximos 20 anos.
Hoje em dia escrevo fazendo pesquisas paralelas sobre história, anotando nomes, características e outras observações em um caderninho... Faço mapas, planos escritos... Ainda assim, vejo que não é uma história boa o suficiente.
Não estou dizendo que quero ser o George RR Martin, mas qualé? SE um dia eu publicar algo, será algo LEGAL. Quero que os leitores fiquem putos da vida comigo, quero que me odeiem e me amem. Quero que as pessoas leiam roendo as unhas e que não consigam dormir pensando na história.
Há alguns meses busquei alguns leitores beta para lerem os dois primeiros capítulos. De 9 pessoas, apenas UM disse que não havia gostado. Claro, todos fizeram observações sobre determinados pontos, mas disseram que estavam ansiosos pelo resto. Isso me faz ter vontade de publicar, mas sei que posso melhorar...

Enfim. Essa é minha maneira de escapar de tudo: lendo mundos ou criando-os.

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