segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Segunda feira delicinha


Existem dias em que você não quer sair da cama. Você sente isso logo pela manhã, mas tenta ser um pouco positivo... Pensa naquelas frases de facebook que dizem que você faz o dia ser bom ou ruim.
Acordei cedo, como sempre. Fui até a janela para verificar se estava chovendo. O céu estava cinza escuro, mas o asfalto da rua estava seco. Moro em apartamento, então abrir a janela e sentir se o ar está frio ou não é besteira.
Abri o tablet e chequei a previsão do tempo antes de me vestir. Média de 16ºC. Delicioso, pensei. Coloquei uma blusa fina, escovei os dentes, prendi o cabelo (que parecia uma juba) e fui tomar café.
Saí de casa, esperei o ônibus e logo o mardito chegou. Entrei apertada, no cantinho que sobra no último degrau e fiquei lá, na minha.
Para quem pega ônibus todo dia em São Paulo, existem leis que aprendemos na marra. Uma dessas leis é que NÃO SE COLOCA o pé no canto do último degrau do ônibus. Esse último degrau NÃO foi feito para que os passageiros fiquem ali, mas mesmo assim, ficamos.
Se você deixa seu pé naquele canto, você perde sua perna. Eu sei, mas logo antes da porta abrir, alguém se apoiou no meu ombro e eu fui obrigada a colocar o pé ali para me equilibrar.
Segundos depois eu estava ali, presa, agonizando como um leão preso em uma armadilha. A porta estava aberta. Parei de me debater e tentei relaxar... As pessoas se puxavam pela porta para poderem entrar, e meu pé... Santo deus. Estava doendo.
O momento de horror acabou. Meu pé parecia ter sido destroçado. Quando finalmente cheguei à catraca, meu bilhete estava sem créditos. Odeio quando deixo os créditos acabarem. É a prova de minha irresponsabilidade.
Fiz uma prova na faculdade... E começou a chover. Chover muito. Chover pacas. Eu ainda precisava colocar créditos no bilhete.
Bom... Cheguei em casa, fui dormir... Tive sonhos ruins. Na verdade, sonhos bons, mas quando acordei, notei que eram só sonhos, então não eram tão bons.
Minha mente, meus caros, é minha pior inimiga. Ela me tortura.
Meu pé ainda dói. Minha mente dói mais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário