terça-feira, 26 de agosto de 2014

642 coisas sobre as quais escrever #5

Veja a lista completa em: http://goo.gl/9KqNJm

5 Você tem alguma superstição? Com o que? Por quê você a tem? E como lida com isso?

Hm... 
Quando eu era menor (uns 8 anos), eu era cheia de superstição. Tinha cristais brancos e azuis espalhados pela casa, sal grosso nas portas e janelas (12 anos), incensos, bruxas nas estantes, pedras coloridas por todo canto... Eu era meio estranha.
A parte interessante é que eu tinha isso por minha própria vontade. Não tive nenhuma influência "wicca" ou afins. Eu gostava dessas coisas pelo simples fato de gostar. Minha mãe, por exemplo, odeia cheiro de incenso. 

O tempo passou e levou minhas pedrinhas coloridas com ele... No entanto, continuo com uma bruxinha cabeluda na estante e, por mais que não acenda incensos, continuo amando o cheiro. Além da bruxinha, tenho amuletos orientais pendurados pela casa.
Por que? Porque gosto.

Acredito que tudo exerce algum tipo de força no Universo. Algumas coisas exercem forças ruins, outras exercem forças boas - mas todas servem para algo. Ao meu ver, se você acredita em algo, talvez seja real. Aquela camiseta da sorte pode ser mesmo da sorte. Ou então seja um efeito placebo: use a camiseta da sorte, tenha mais coragem para apresentar um projeto, se dê bem, fique rico e atribua o sucesso à camiseta - sim, foi ela; por mais que ela não seja mágica.

Minha concepção de "forças do Universo" continua em construção. É uma questão de aprendizados que vêm com a vida e, mesmo quando tivermos 98 anos, ainda não estaremos completos. Talvez nossa vida se resuma a isso: aprender.

Há algum tempo escolhi o agnosticismo como religião. A liberdade de aprender me conquistou. Minha noção religiosa se torna cada dia mais complexa. Não vejo Deus da mesma maneira que você. Vejo forças que agem dentro e fora de nós. Não entenda "nós" apenas como "seres humanos". Entenda "nós" como tudo. Desde uma pedra até as formas de vida mais avançadas que nós. Entenda "nós" como "tudo". 
"Do pó viemos e para o pó retornaremos". Somos pó estelar, não sei se isso já passou por sua cabeça. Se nós temos pó de estrela dentro de nosso corpo (e nossa alma, ao meu ver), o que nos diferencia de uma pedra? Aí entra a parte de alma. Pedras não têm alma (ou talvez tenham. Vê a liberdade do agnosticismo?)

Os egípcios dividiam a alma em sete pedaços. Um deles seria o Ka. Tudo teria um Ka, desde pedras até deuses. 

A questão é: tudo tem uma parte "divina" - visto que todos temos o mesmo tipo de matéria. Portanto, me cabe perguntar: por que não pensamentos?

Acreditar é uma arma perigosa e extremamente forte. 

Não estou dizendo que sua mãe vai morrer se você deixar o chinelo virado... Não é isso. Mas talvez você fique com um puta peso na consciência. E se sua mãe DE FATO morrer? Pense nisso.

E se você passar debaixo daquela escada e tiver um dia de cão? Será coincidência ou não? É melhor arriscar ou não? 

Acreditar, meus amigos... É tudo uma questão de acreditar. 

 



sexta-feira, 22 de agosto de 2014

642 coisas sobre as quais escrever #4

Veja a lista completa em: http://goo.gl/9KqNJm

4- Coisas que você deveria jogar fora, mas que não consegue

Nada.
Jogo bastante coisa fora e guardo apenas o essencial. Guardo algumas tranqueiras, sim, mas são tranqueiras que não devo jogar fora. Minha memória é uma merda e se eu não guardar determinadas coisas, tenho medo de acabar esquecendo. 
Talvez eu devesse jogar coisas mais poéticas, como por exemplo sonhos e memórias. Eu deveria jogar fora lembranças com determinadas pessoas para que, no presente e no futuro, eu não me culpasse por determinadas coisas. Em minha defesa, preciso dizer que fui induzida a dizer coisas que não deveria ter dito. Mas, ainda assim, deveria apagar isso da minha cabeça.

Às vezes penso que eu deveria me jogar no lixo.
Já assistiu Tá Chovendo Hambúrguer? 
Amo esse filme porque me identifico drasticamente com o protagonista. Não que eu seja uma cientista brilhante e mal-compreendida... Não que meu pai venda sardinhas... Mas eu sei o que é tentar criar algo e a galera não colocar fé. 
Quando li o número 4 da lista, imaginei essa cena: 


Não é uma questão de "ai, que triste". Nãõoo... O problema é que, às vezes depois de me decepcionar com alguma de minhas criações (leia: livros não publicados), eu tenho vontade de jogar fora o texto e a cabeça que os criou. Sonhos são coisas perigosas e que te dividem no meio. Parte de você quer jogar fora, parte de você quer correr atrás e conquistar o objetivo. 
Não é uma questão triste, e sim uma questão de briga mental com a falta de criatividade e inspiração. Elas chegam às vezes e somem por anos...