sábado, 27 de outubro de 2012

[conto] I - O início de tudo

Senhoras e senhores;
Apresento-lhes o primeiro capítulo da série de contos que ando trabalhando.

Eu agradeceria muito que vocês lessem e dessem suas críticas.
Sério mesmo.


E antes que alguém pergunte;
os contos têm nome, mas o conjunto ainda não.
Me recuso a colocar "As aventuras de Fulana".
Aceito ideias.


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Valew





I - O início de tudo

Antes que você comece a ler, devo ressaltar um ponto bastante importante: Os casos descritos aqui foram reais. Contudo, se você pesquisa-los, não encontrará um único registro sobre os casos, os lugares ou até mesmo sobre mim.
Quando tive a ideia de colocar no papel tudo o que havia acontecido, perguntei à minha cara amiga se ela concordava. Ela disse que sim, mas que eu jamais poderia revelar nomes verdadeiros. Ética? Nem sempre. Eu mesma perguntei a várias pessoas envolvidas se elas se incomodavam em ter um pedaço de suas vidas mostrado ao público... A grande maioria não gostou da ideia, mas muitos até incentivaram minha maluquice. Aceitei bem cada resposta.
O senso de justiça de Mariana, por outro lado, chegou a me irritar algumas vezes. Discutimos a publicação dos fatos aqui narrados por várias vezes, em intervalos que variaram de horas para anos... A ideia nasceu e morreu várias vezes em minha mente...
Porém várias vezes seu senso de justiça falhou, e falhou feio. Mariana era feita de extremos: Ou tudo ou nada.
Mas, eu finalmente decidi escrever. As pessoas precisavam saber.

Conheci Mariana ainda na escola. Não sei bem qual foi o nosso primeiro diálogo, ou a primeira vez que saímos para comer um pastel na feira; mas sei que ela foi minha melhor amiga durante muito tempo.
Mas, até aí, nada de novo. A maioria das meninas tem uma best dos tempos de escola. Mas então vem a faculdade e separa as pessoas. Amizades que possivelmente resistiriam ao apocalipse simplesmente de desfazem como um torrão de açúcar no chá quente.
Com a gente foi um pouquinho diferente. Nos falávamos de tempos em tempos... Minha mãe chamava Mariana para almoçar em casa sempre que possível. Ela era uma irmã. Minha mãe a adotara.
Ela seguiu a carreira de jornalismo e eu a de medicina. Sim, são pontos extremos. Eu tinha meus 5 anos puxados de faculdade enquanto ela tinha ─segundo a minha opinião─ uma vida mansa.
Trabalhava como assistente do redator chefe de um jornal mais ou menos famoso. Ganhava até que bem para uma jornalista. Estudava de manhã, trabalhava de tarde e só. Eu estudava e fazia estágio remunerado... Tinha muito mais responsabilidades do que ela.
Mariana fazia o que tinha nascido para fazer. Ela gostava de escrever, eu gostava de ler. Nossas trocas de presentes de aniversário e natal eram, na maioria das vezes, livros.
Então, depois de quatro anos, ela teve um briga séria com os pais. Não vou me estender nos detalhes, mas tudo foi por um motivo bobo. Uma coisa tão pequena que até hoje acho que teve alguma coisa além daquilo...
Ela saiu da própria casa de noite, com uma mochila nas costas... E adivinhe só para onde ela foi.
Para a minha casa.
Checou com seu jeans desbotado, camiseta sem estampa e tênis surrados. Cabelos amarrados com um rabo de cavalo e trazia dinheiro na carteira.
Dentro da mochila havia algumas mudas de roupas, uma escova de dentes e dois ou três livros. O essencial.
Naquela noite não falamos do assunto... Nem na noite posterior... E nem durante um bom tempo. Minha mãe recebeu-a bem, servimos o jantar e deixamos que ela dormisse na sala.
Na manhã seguinte ela saiu cedo... Muito cedo. Eu me preocupei um pouco, é verdade; mas tinha que seguir minha vida. Peguei minhas coisas e fui para a faculdade.
Ela chegou quando já era noite. Esse era o início de um péssimo hábito que ela adquiriria nos próximos anos. Disse à minha mãe que na manhã seguinte ela estava de partida, e agradeceu a hospedagem.
Ela veio com uma história de que iria alugar um apartamento no centro da cidade... Um lugar barato e confortável, com dois quartos e uma sala ampla...
E assim foi. Mariana deixou minha casa na manhã seguinte. Minha mãe pediu que eu checasse em que buraco Mariana havia se metido. Saí da faculdade e passei no endereço que ela me passou...
Centro de São Paulo. Um lugar caro, mesmo que seja num beco. Ainda mais ali, ao lado do metrô República... Ponto de ônibus na mesma rua... Um sonho para qualquer estudante.



Era realmente bastante perto da minha faculdade. Alguns pontos de ônibus e puft, lá estava eu. O lugar era um barzinho. Estava fechado, afinal; não era um boteco que abre às 10 da manhã, era um barzinho de renome. Olhei alguns metros para o lado e vi uma portinha fechada. Bati duas vezes na porta e esperei. Deveria ser ali.
Alguns momentos depois a porta se abriu. Mariana me fez entrar e subir as escadinhas que davam acesso ao andar superior do bar, onde havia o tal apartamento.
Realmente era bastante espaçoso, quase mobilhado e bastante arejado.
Vou explicar como eram os cômodos, porque grande parte dos diálogos vão se passar naquela sala e cozinha. Assim que se abria a porta era possível ver a sala e o corredor dos quartos. O chão e o teto eram de madeira.
A sala era um quadrado, no qual a televisão ficava de frente para um sofá de três lugares. A poltrona ficava de frente para a janela. Cada coisa em seu canto.
O sofá era castanho (sim, era uma cor péssima) e a poltrona era preta. Tinha um tapete meio velho no chão e a janela era até que bem grande.
A cozinha contava com uma pia de mármore escuro e armários embutidos até o teto. Havia uma mesa de vidro no meio, com apenas três cadeiras. Havia uma geladeira e um fogão de quatro bocas.
Os quartos eram mais ou menos iguais. Cama, guarda roupa e janela. Ficavam no final do corredor, um de frente para o outro. Eu pegava o sol da manhã e Mariana o sol da tarde. 
Ah, a sala tinha uma estante enorme junto à televisão. Ali amontoavam-se as pilhas de livros.
Mariana me mostrou a oferta do senhorio. Estava em conta... Muito em conta. Por que?
─ Quem quer morar em cima de um bar? ─respondeu ela à minha pergunta.
Fazia sentido. Aquilo deveria virar um inferno de noite. “Música ao vivo de sextas e aos finais de semana” dizia a placa lá em baixo.
Eu até que gostei do lugar. No final de semana que se seguiu eu fui lá ajuda-la a limpar as coisas e dar um jeitinho na bagunça. A casa estava praticamente vazia, então não tivemos muito trabalho.

Uns seis meses depois eu tive uma conversa com meus pais e depois com Mariana e resolvi morar com ela. Sendo sincera... O real motivo foi que eu queria ganhar um pouco de maturidade.
O que não fazia o menor sentido, porque meus pais pagavam 50% da minha faculdade... Os outros 50% eram bolsa de estudo. Eu fazia alguns estágios remunerados, que davam um bom dinheirinho no final do mês.
Desde que nasci eu fui criada dentro daquela mesma casa, comendo a mesma comida de mamãe, sem precisar pensar em fazer compras... em pagar a conta de telefone... E havia dois outros motivos: O apartamento de Mariana era muito mais perto da minha faculdade e eu estava com dó de ver minha amiga morando sozinha.
Meus pais demoraram para aceitar a ideia, mas logo concordaram. Eles sempre foram assim... Tranquilos. Levei bastante coisa para minha nova casa, demos um jeito no quarto desativado e voilá!
Mudei-me numa emenda de feriado. Era quinta feira. A primeira noite fora tranquila... A segunda foi horrível. Até às 2 da manhã eu estava ouvindo clássicos dos anos 80 no último volume.
Andei pela casa, tomei chá, assisti televisão... Nada ajudou. Mas enfim a música acabou e eu capotei na cama. ─ note que até então eu era uma menininha caseira que dormia cedo.
Eram 10 da manhã quando acordei. Encontrei Mariana sentada em sua poltrona com o notebook no braço do sofá.
─ Bom dia. ─disse ela─ Tem café na pia.
─ Bom dia...
Fui até a cozinha, peguei uma xícara no armário ─observação: Naquela época havia apenas duas xícaras no armário... Dois pratos, dois copos, duas colheres... ─ e me servi do café quente que estava na cafeteira elétrica.
Caminhei até a sala e sentei no sofá. Liguei a televisão e fiquei encarando os desenhos animados que passavam naquele horário. Eu não conhecia mais aqueles desenhos... Não tinha ideia de como se chamavam, qual era o contexto...
─ O que está fazendo? ─perguntei puxando assunto.
─ Melhorando o mundo.
─ Ou seja...
Ela desviou os olhos da tela um instante e sorriu.
─ Fazendo o mundo ser um lugar melhor.
─ Como?
─ Já entrou em sites de bate-papo?
─ Não...
─ Pois é... Crianças entram em sites de bate papo hoje em dia. Seria interessante se as salas de crianças fossem compostas apenas de crianças... Mas não. Tem muitos adultos aqui no meio.
─ Por exemplo a senhorita.
─ Sim, mas os adultos a quem me refiro estão interessados em ter encontros com as crianças. Eu estou aqui pra cortar o barato deles.
─ Hum. Como? Você manda todo mundo ir dormir?
─ Não... Aí é que está. Eu marco um encontro com os caras e com os caras da polícia. Eu fico em casa e quem se encontra são meus amiguinhos.
─ Sério?! Você nunca havia comentado... E funciona? Funciona mesmo?
─ Tentei fazer isso cinco vezes... Duas deram certo. Mas como a justiça desse país é um caso aparte, os dois caras que eu peguei estão na rua... Só tiveram uma passagem pela polícia. As provas são claras... Mando todos os históricos à polícia... e mesmo assim eles não fazem nada.
─ Sério?! Mesmo?
─ Sério. Planejo marcar o encontro com esse amanhã. Mas eu vou junto... quero ver a cara do sujeito.
─ Isso não é perigoso?
─ Para crianças desacompanhadas? Sim. Pra mim acompanhada da polícia? O que poderia dar errado?

Depois de conversamos um bom tempo sobre o assunto, resolvi acompanha-la em sua caça aos pedófilos. Estávamos à procura de um homem de camisa vermelha e olhos verdes. Ele nos aguardaria numa plataforma do metrô.
Mariana recebeu uma mensagem no celular.
Estamos prontos
─ E desde quando a polícia tem o número do seu celular?
─ Ah... É um policial que eu conheci um tempo atrás. Ele é super gente fina... Hoje só ele e mais um policial vieram. Minhas ultimas tentativas foram falhas, então eles não querem disponibilizar muita gente por nada...
Logo chegamos à estação. As portas se abriram e nós saímos à procura do homem. Mariana deu um toque no meu braço e apontou com os olhos.
─ Ali. ─disse baixinho, como se ele fosse ouvir.
Ele estava longe. Era careca e gordo. Imaginar que aquele homem pretendia encontrar uma criança ali era uma coisa horrível. Naquele momento entendi o real motivo para Mariana estar fazendo aquilo. Estava assustado o lobo, afastando-o das ovelhas.
Não estava salvando o mundo, mas estava tentando.


A estação da Luz é muito bonita. É um daqueles lugares que os gringos param pra tirar foto quando querem andar por São Paulo. Acho que até gente do próprio Brasil tira foto da estação Luz... A arquitetura antiga é realmente linda. Se olhar de longe, ela parece o parlamento de Londres.
As luminárias redondas estavam apagadas. A placa de “Não Fume” clamava para ser vista. São Paulo... Sempre cheio de gente. Não importa o horário. Gente indo, vindo... Gente perdida, gente se achando...
Eu gosto da cidade. Pode parecer um inferno, e em alguns momentos é. Mas existem momentos em que ela é linda. O piano no meio da estação Luz é um desses momentos. 
Mais uma mensagem.
Plano A em ação
─ O que é o plano A? ─perguntei.
─ Nós vamos chegar perto dele e pedir informações... Estamos perdidas e queremos chegar num lugar bem longe daqui. Quando ele se distrair o Gregório vem e o prende. Sem chances de deixa-lo correr.
Deduzi que Gregório fosse o tal amigo dela. Subimos uma escada rolante e começamos a andar em direção ao tal homem. Eu senti meu coração acelerar um pouco. E se ele desconfiasse de alguma coisa? E se ele fugisse?
─ Bom dia... ─disse Mariana.
─ Bom dia. ─disse o homem esfregando as mãos nervosamente.
─ A gente ficou meio perdida aqui... O senhor poderia dizer como eu faço pra chegar à zona norte? A minha tia mora pra lá, só que eu não sei qual linha de metrô eu tenho que pegar...
─ Olha, vocês tem que descer essas escadas e pegar pra aquele lado... ─disse ele apontando para onde estávamos 3 minutos antes─ Daí você desce depois de duas estações e faz baldeação... Sabe...
Naquele momento eu vi dois homens se aproximando. Um deles usava um paletó escuro sobre uma camisa clara, o outro usava uma jaqueta também escura. O de jaqueta tirou uma algema de do bolso... Senti meu coração acelerar. Olhei para Mariana... Ela já sabia que eles estavam vindo... Virou-se junto ao nosso suspeito para o lado, tentando pedir mais informações... Ambos estavam de costas para os policiais. Tudo de acordo com o plano, era visível.
Então, quando faltavam uns 5 metros para a dupla chegar até nós, eles praticamente saltaram em cima do homem da camisa vermelha. O de jaqueta o algemou rapidamente, enquanto o de paletó falava alguma coisa que eu não dei atenção no momento.
Mariana deu alguns passos para trás e parou ao meu lado, saboreando sua vitória. Eu abri a boca para dizer alguma coisa, mas então eu ouvi um grito ecoar lá em baixo.
Em seguida um som alto, parecido com uma bomba estalou pelos túneis. A maioria das pessoas gritou. Mariana e eu corremos até a proteção que impedia que as pessoas caíssem lá de cima e nos apoiamos sobre ela. Dali não podíamos ver muita coisa além da multidão correndo.
No mesmo instante os dois policiais fizeram o mesmo que nós. Olharam-se rapidamente...
─ Você fica com o suspeito. ─disse o de paletó para o de jaqueta.
O homem de jaqueta pôs-se a correr em direção à escada, e sem aviso prévio, Mariana fez o mesmo. O que eu poderia fazer?! Não iria correr atrás dos dois doidos. Me apoiei na proteção e assisti os dois correndo contra a correnteza de pessoas que fugia desesperadamente de algo, que eu ainda não sabia o que era.
Ao meu lado o outro policial também assistia a cena, mas de olho em nosso prisioneiro.
Então vi Mariana e sua dupla trocarem algumas palavras e cada um seguiu uma direção diferente. Nesse momento a multidão começava a se dissipar... Havia uma pessoa na escada, pedindo socorro. Corri até lá. Era uma moça, provavelmente tinha torcido o tornozelo.
Eu a ajudei a se levantar e a levei até a outra escada mais próxima, onde havia alguns funcionários do metrô. Eles vinham atordoados, sem saber o que estava acontecendo.
Seguranças armados correram em direção ao centro da confusão. Eu corri atrás, mesmo com as ordens de “Saia daí!” que gritavam para mim.
Parei ao lado da escada rolante e vi Mariana parada, no meio do grande saguão, conversando com um rapaz. Travei. O rapaz tinha uma arma na mão. Quase tive um ataque do coração. Ele falava com ela gesticulando com as mãos, e aquela arma... Parecia que atiraria em Mariana a qualquer momento.
O policial que havia ficado com nosso prisioneiro fazia sinais para que ninguém se aproximasse. Os funcionários o ignoraram e foram indo lentamente pé-ante-pé para a escada tradicional...
Eu estava numa posição não muito boa, mas pude ver o tal do homem de paletó descendo uma escada do outro lado da linha e vindo aos poucos pelas costas do rapaz armado... Ele vinha pelo canto, acho que só eu e mais meia dúzia estávamos conseguindo ver. Aquilo me soou familiar... Era o plano A.
Tudo de acordo com o planejado até certo momento... Então o rapaz armado viu a multidão de seguranças que se amontoava no andar superior. Ele levantou a arma e começou a esbravejar. Alguns recuaram, outros simplesmente se abaixaram... Foi naquele momento de profunda distração que ele foi surpreendido pelo policial. Rapidamente as mãos foram algemadas e o policial o deitou no chão enquanto chutava a arma para longe do alcance do doido.
Então toda aquela multidão de seguranças e funcionários desceu as escadas ao mesmo tempo... Todos. Me encostei à parede e respirei fundo. Meu coração parecia que iria sair pela boca a qualquer instante.
Então Mariana e o homem subiram as escadas. Estavam ofegantes, mas sorridentes.
─ Meu Deus! ─disse ele─ O que foi isso?!
─ O que você fez?! ─perguntei─ Você está bem?
─ Tudo de acordo com o plano... ─riu ela.
─ Vamos embora. O pessoal do metrô vai ter trabalho pra calmar as pessoas. ─disse o outro policial com nosso detido sendo conduzido à sua frente─ A viatura está lá fora. ─disse conduzindo o homem de vermelho.
Mariana passou as mãos nos cabelos e respirou fundo.
─ Ao menos amanhã ganho a manchete. ─riu ela─ Ah, as apresentações... Gregório, Jade... Jade, Gregório.
Ele apertou minha mão e me cumprimentou com um sorrisinho amarelo.
─ Pois bem. ─disse Mariana─ Preciso ir pra casa. A matéria tem que ficar pronta até as cinco. Até mais. ─disse ela.
Eu a segui. Saímos do metrô e o sol bateu em nossos rostos.
─ O que foi isso? O que... Aconteceu?!
Ela tirou o fone de ouvido de dentro do bolso da calça e o celular. Plugou-os e deu na minha mão.
─ Ouça.
Eu ouvi. Ela havia gravado toda a conversa desde a prisão do pedófilo até o relato do doido com a arma. Era um homem transtornado... Estava sem dinheiro... Surtou contra o governo... Atirou num vagão. Simplesmente doido, sem mais explicações.
Aquilo foi um prato cheio para Mariana. Ela chegou em casa e atacou o notebook. Metralhou o teclado por uma ou duas horas e então respirou fundo espreguiçou-se em sua poltrona.

Na manhã seguinte o jornal em que ela trabalhava bateu os recordes de vendas. Era o único jornal que tinha a versão real da história... sem suposições...
Ela simplesmente contou os fatos de maneira simples. Logo as outras mídias ficaram sabendo do ocorrido e atualizaram seus sites, blogs e jornais televisivos. O grande prestígio ficou com os jornais grandes, como sempre.
Mas ela ganhou seu prestígio em sua empresa. Do chefe aos estagiários... Ela teve seu pico de carreira jornalística com aquela notícia.
Na época ela emoldurou a página do jornal e colocou em nossa parede. Aquilo ficou ali por muitos anos, mas devido aos acontecimentos que aconteceriam muito tempo depois, o jornal emoldurado fica na minha parede, longe de sua autora: Mariana Al Gobeli.

2 comentários:

  1. Ficou bem melhor, já tinha lido esse... A questão de descrever os detalhes melhorou muito... Com o tempo irei ler os outros hehe'

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  2. Bom... primeiramente quero dizer que eu sempre venho aqui e leio as coisas que posta. Não todo dia nem toda hora mas quando venho faço todas as lições de casa atrasada. hehehe.
    Também quando leio as coisas que publicas e não comento é pelo fato de não ter o que falar a respeito.
    Mas sempre acho bom, mesmo quando tenho criticas, as coisas que escreves!

    Agora vamos ao conto verídico?! Pois bem... sendo ou não reais as coisas que descrevesses ai te confesso que li com outros olhos.
    Fiquei mais atenta aos fatos, imaginando como tudo aconteceu, imaginando tu morando fora de casa, imaginando os mínimos detalhes, imaginando uma infinita possibilidade de fatos. Uma única palavra bastou pra que eu leia como se não fosse um conto por si só e sim uma narrativa de uma história real.
    É... a minha imaginação é bem fértil e me leva a viajar mesmo! hehe

    Gabi na minha opinião leiga, tu evoluiu muito nos teus contos, na narrativa, no seguimento da historia nas pausas e nas continuações, sem fugir da proposta do conto. Ainda tem alguns erros com as letras, mas isso eu imagino que tu deve de escrever correndo e depois sem saco de reler e corrigir. Mas isso não é uma critica e sim uma observação.
    O resto ta tudo muito bom! Eu adorei e to ansiosa pela continuação e já fico imaginando o que pode estar por vir.
    E que nem o filme Hatattouille: Me surpreenda!!

    Bjos e fico por aqui mode ninja ou não :D

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