quarta-feira, 29 de abril de 2015

Primeiro conto publicado em uma antologia!

Antes de mais nada, você deve estar se perguntando o que vem a ser uma "antologia". Basicamente, é uma coletânea de contos publicados juntos. Enviei um conto, ele foi escolhido e veja só: 





Zygmunt Bauman já prevê o fim da democracia, mas não consegue dizer de que forma. O mundo já não aguenta tanta desigualdade. Este famoso sociólogo polonês, vai contra as palavras da ficção cientifica que enxergam um futuro nebuloso, encoberto por brumas de mil megatons, repleto da mais intensa desigualdade e realidades múltiplas; um mundo que cada vez mais caminha para as profundezas, rumo às distopias de Aldous Huxley e George Orwell.




O meu é o quinto, chamado "A Chuva".
Tá, o nome não é original... Mas é um conto MUITO LEGAL. Você pode ler o conto original clicando AQUI.

Daqui uns meses essa antologia será publicada por uma editora e será um livro físico. SIM, MEUS AMIGOS! Será a primeira coisa publicada de verdade!  :D

Então é isso, pessoas... Hoje fizemos progresso! 

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Antologias Seres Amazônicos e Épicos Homéricos


Pensando em fazer parte de uma antologia?
Você tem até 31/07/2015!


quinta-feira, 2 de abril de 2015

A diferença entre árvores, pasto e pássaros

Ando por aí sabendo que talvez um dia nos encontremos. Já aconteceu algumas vezes na vida e podem acontecer outras mais. Moramos por perto, frequentamos alguns lugares semelhantes... Cedo ou tarde a gente vai se encontrar (tenho certeza, numa bem melhor –qq).
Essa semana eu tomei um puta susto ao encontrar um casal no metrô. O tal casal era muito parecido com o cara que eu estava falando no parágrafo acima e sua namorada. O casal tinha uma criança de um ano entre eles. A moça tinha minha idade, uma cara meio morta e batom forte. O cara era um pai babão e brincava com o filho de um jeito que captava a atenção de todas as mulheres do vagão. Instinto maternal, dizem.
A brincadeira era simples: O pai perguntava para o bebê onde estava o piolho. O bebê colocava a mão na cabeça de um dos três. O pai fingia que pegava alguma coisa na cabeça indicada e com a ponta dos dedos depositava um piolho-invisível na mão do bebê. O bebê, por sua vez, fechava a mão rapidamente para que o piolho-invisível não fugisse. Foi um deslumbre do futuro. Ele, ela e o bebê. Uma família comum.
Ele segurava uma sacola cheia de tranqueiras, ela levava uma bolsa com coisas do filho e o bebê segurava uma mini-pelúcia da Peppa Pig (aquele porco desenhado pelo Picasso).
E eu ali, observando-os. Eles não podiam me ver, mas eu podia ver os três. Eram felizes naquele mundo, e eu era feliz no meu. Não queria estar sentada ali, não queria aquele bebê... Pra falar a verdade, eu não queria nem estar no metrô lotado, pra começo de conversa.
É exatamente essa a questão. Eu não quero um destino assim. Aqueles três mostravam a estagnação, uma vida presa em um só lugar... Ali nasceram e ali vão morrer. São árvores enquanto eu sou um pássaro. Me perguntaram a razão de querer viajar tanto. É simples: não há nada aqui que eu queira para meu futuro. Preciso esticar as asas ao sol de inverno, sentir os flocos de neve nas minhas penas e respirar outros ares (gelados, de preferência). Ficar parada seria como manter um pássaro preso por uma cerca. É ridículo. Alguns nasceram para pastar, outros são árvores... É claro que posso ficar presa em uma gaiola mais cedo ou mais tarde, mas saiba que nunca será por vontade própria.
Isso é o que justifica tudo. São das coisas pequenas às coisas grandes... É de coisas já feitas e de planos para o futuro. As pessoas se conformam com tão pouco... Não estou falando de dinheiro, vejam bem. É claro que o dinheiro é uma puta ajuda para alcançar muitos objetivos, mas mano... Tem passeios que não gastam nada, mas as pessoas simplesmente não levantam a bunda do sofá. A questão da vida é sair, aprender, ver, se perder... Tenho preguiça de algumas pessoas. A maioria delas, pra ser sincera.