domingo, 28 de dezembro de 2014

Aleatoriedades de uma mente sonolenta em uma madrugada quente demais para dormir

Tenho enfrentado um problema chatinho nos últimos dias: encontrar uma playlist no Spotify.
Pelos deuses, que inferno! Perco uns dez minutos procurando a lista certa e acabo desistindo. Acabo procurando o nome do artista ou da banda e pronto. No entanto, eu insisto em toda hora procurar uma maldita lista que não existe.
Agora, por exemplo, estou ouvindo Mais do Mesmo do Legião Urbana. Isso depois de rondar listas de anos 90, 2000, sertanejo e folk.

Esse é um daqueles posts que começam falando sobre qualquer coisa e, em algum momento, vou perceber que estou falando muito e preciso apagar alguns parágrafos. "Muito" no sentido qualitativo, não quantitativo. Estou escrevendo porque está muito quente para dormir confortavelmente - mesmo quase deitando de conchinha com o ventilador.

Hoje fui ao cinema (na verdade foi ontem, já que passamos da meia noite).
Depois de quase um mês me arrastando de preguiça, decidi assistir o último filme do Hobbit. Essa "preguiça" toda também se deve ao fato de uma frustração terrível que sofri no início do mês:
Comic Con XP, 7 de Dezembro, São Paulo.
Nesse fatídico domingo aconteceu a pré-estreia do Hobbit. Eu e minha companheira de aventuras - Watson - decidimos que veríamos o filme em primeira mão. Eu ganhei credenciais de imprensa (credenciais são um pedacinho do Olimpo oferecido aos jornalistas, caso você não sabia).
Os portões do lugar abririam às 10 da manhã, mas, cara, é o Hobbit! Imaginei que as filas seriam imensas, então programei sair de casa antes do sol nascer. 5 da matina já estava na rua, rezando para não ser sequestrada. Encontrei Wason no metrô e tomamos o caminho para Valfenda.
Liguei meu 3G e as atualizações dos grupos da Comic Con me assustaram. O sol nem tinha nascido e já tinha mais de 500 pessoas lá. Bom... Chegamos lá e já tinha umas 3 mil pessoas na nossa frente. Ficamos até às 10 da manhã sentadas no chão e bocejando.

Enfim... Não consegui ver a merda do filme na pre-estreia. Decidi ir hoje porque né... Precisava ir em algum momento. Cheguei lá e, para minha surpresa, só tinha em 3D. Eu não queria 3D... Queria filme normal. Mas não. Claro que não.
Gostei do filme.
Algumas ressalvas, claro, mas ficou bão.

Percebi que os filmes estão ficando muito nítidos.
É um problema. Acho que fazia tempo que não ia ao cinema ou talvez esteja ficando velha. De alguma maneira eu estou detestando essa tecnologia crescente nas filmagens. Não sei explicar, só sei que está ficando ó: uma bosta.

Outra coisa que está "ó: uma bosta" é esse final de ano.
Não esse final de ano. Todo final de ano é ruim.
Nada contra o ano novo, mas o natal... Agrh... Minha antipatia cresce a cada ano. Estou me tornando a Dona Anésia. Só queria deitar no sofá e ficar na minha, quietinha, sem falsidades de dezembro. Tudo fica chato em dezembro. Esse país quente dos infernos fica parecendo Mordor, é meu inferno astral (se é que isso existe), a galera quase desconhecida quer vir aqui em casa pra comer bolo, os shoppings estão abarrotados, os cinemas cheios de crianças mimadas, os mercados cheios de aposentados... *suspiro*

Estou escrevendo e ouvindo Vento no Litoral. Muito depressiva essa música, santo deus. É uma da manhã e estou bocejando como uma criança. Ultimamente tenho dormido cedo e acordado cedo. Com esse tipo de coisa me sinto mais velha - no sentido ruim da palavra.

Mudou de música. Está tocando Dezesseis. A música me lembra de um conto do Stephen King: A Morte de Jack Hamillton. Não tem muito sentido lógico, mas o "Johnnie" da música me lembra, POR ALGUMA RAZÃO, do Johnnie Dillinger imaginado pelo mestre Stephen. Carismático, sei lá...
Estou lendo um livro de contos do King esses dias. Chama-se "Tudo é Eventual". Fazia muito tempo que não me interessava por contos e esse livro trouxe de volta a vontade de escrever histórias curtas e, na maioria das vezes, surreais. O último post foi um conto, diga-se de passagem.

Agggh, anúncios wtf do spotify.
Cara, eu não quero ouvir músicas gospel à essa hora da matina. Sério.
Acho que, ao contrário de tudo, o Spotify não analisa as pessoas para fazer anúncios mais certeiros. Eles simplesmente largam a propaganda e já era. É uma pressão para assinar a versão Premium.
Vá à merda, Spotify.

Esses anúncios são a mesma coisa que algumas postagens no facebook.
Você está lá na sua linda timeline... Quando de repente uma coisa wtf surge e você fica lá, olhando para a postagem e tentando entender a mente do autor. É comum que eu pare de curtir algumas páginas desnecessárias e curta outas ainda piores, mas sempre tenho em mente que não podemos criar muros em volta dos olhos. Mas tem coisa que, cara... Não.

Bom.. Estou capotando de sono, o álbum acabou e é isso.
Hoje fizemos progresso.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

[conto] A Fuga

Poucas são as pessoas que realmente precisaram fugir de algo ou alguém. A palavra pode ser empregada em um sentido mais poético, quando “fugimos” de uma lembrança, de uma responsabilidade ou de qualquer outra coisa que não nos faz bem.
Há cerca de dez anos, eu fugia de pessoas. Alguns meses antes, levei um belíssimo pé na bunda de uma namorada (aquelas que parecem ser mais bem aceita na família do que você mesmo) e todos os meus conhecidos não paravam de me fazer perguntas sobre ela. Antigamente não tinha essa história de Facebook e Whatsapp. Havia três maneiras de ter notícias de alguém: pessoalmente, por telefone ou pelas fofocas - então eles não me deixavam em paz.
Eu estudava de noite porque precisava trabalhar de manhã (pra pagar a faculdade), então costumava chegar em casa bem depois da meia noite. Por conta desse contexto todo que acabei de dizer, eu estava chegando em casa cada vez mais tarde. Não que eu estivesse no bar, me afundando em cervejas e abraçando o garçom. Não, não. Eu ficava na faculdade até me expulsarem de lá (pois é), e depois pegava o ônibus mais demorado que encontrava - ia cochilando a maior parte do caminho.
Naquela época as cidades não eram tão perigosas como hoje em dia. Eu costumava descer alguns pontos antes e terminar meu trajeto à pé. Era bom andar em silêncio, sem nada além de meus pensamentos (que estavam muito em ordem, caso você comece a se questionar em breve).
Em uma fatídica noite de agosto, eu decidi ir andando por um novo caminho. Fazia mais de seis meses que estava adquirindo gosto por minhas caminhadas noturnas e não achei que um desvio fosse me dar algum tipo de problema. Eu era um perfeito idiota.
Desci do ônibus e ajeitei a blusa porque estava frio pra caramba. Eu tinha passado por aquela via apenas algumas vezes, mas sabia onde ela terminava: bem perto de casa. Fui andando, observando as casinhas, ouvindo os cachorros latindo... Normal.
Foi então que comecei a sentir um tipo de desconforto. Primeiro pensei que estava passando mal. Era uma coisa nas entranhas, uma sensação nova. Pensei que talvez estivesse morrendo do coração ou alguma coisa assim. Se tivesse um celular, teria chamado uma ambulância. Decidi que iria pedir ajuda em alguma casa e rezei para que alguma boa alma viesse me ajudar. 
Eu toquei a campainha da casa, mas não ouvi nenhum som. No silêncio daquela noite, era possível ouvir até mesmo a minha respiração... Sim, eu ouvia minha respiração e nada mais. Não tinha barulho de cachorro, vento... Nada.
Talvez eu estivesse ficando surdo também, não? Percebi que eu não estava mais sentindo frio. Abri o zíper da jaqueta e respirei fundo. O mundo parecia ter parado. Abri a boca e soltei um “Ei!” que ecoou pela rua. Eu não estava surdo, afinal.
No entanto, outra coisa também me ouviu. Do final da rua eu vi uma criatura vindo com passos rápidos. Era uma espécie de cão, mas do tamanho de um urso (nunca vi um urso de verdade, mas tenho uma noção do tamanho do bicho). No momento em que coloquei os olhos sobre a coisa, meu coração bateu com tanta força que pensei que teria um ataque de verdade.
Comecei a correr.
Foi ali que descobri o outro significado da palavra fugir. As pessoas não fogem das cadeias... Elas escapam. As pessoas não fogem de cachorros, elas se protegem das mordidas. O ser humano não sabe mais o que e fugir porque nada nos caça. Nós evoluímos e aprendemos a manter leões em jaulas. Nosso alimento vem de matadouros. Não somos mais parte da cadeia alimentar. Nós somos uma coisa a parte, uma coisa que nem caça e nem é caçada.
Pelo menos é o que eu pensava.
Eu corria desesperadamente, sem nem olhar para trás. Pelo tamanho do bicho, ele me alcançaria rapidamente se quisesse. Quando minhas pernas começaram a ter cãibras, me joguei no chão e me enfiei debaixo de um carro estacionado. Tentei controlar a respiração porque a criatura poderia me ouvir... Tentei avaliar a situação de alguma maneira racional.
Talvez aquilo fosse mesmo um cachorro e tivesse escapado de uma casa. Se fosse isso, ele não teria me perseguido tão longe. Talvez eu estivesse tendo um troço e imaginado aquilo tudo... Sim, era provável. Respirei fundo e tentei olhar para os prédios ao redor. Tinha corrido completamente sem rumo e agora estava perdido.
Me arrastei um pouco para fora para tentar enxergar o final da rua. Talvez se conseguisse ver a placa que estava no poste...
Então ouvi um rosnado. Me encolhi para meu ridículo esconderijo e ali permaneci sentindo cada músculo do meu corpo tremendo como uma menininha. Era real. Aquela coisa não era um cachorro, aquela coisa não era alucinação... e aquela coisa estava chegando perto.
Quando vi a sombra das patas do animal, levei as mãos ao rosto e apertei meu nariz e boca para evitar mais ruídos. Percebi que eu estava chorando e meu rosto estava molhado. Ele andava devagar, rosnando baixinho...  Esse rosnado ainda me faz tomar remédios para... ficar mais calmo.O bicho deu mais alguns passos e eu liberei um pouco de ar para meus pulmões. Não sei se a coisa me ouviu ou não, mas ele virou a cara na minha direção. Então eu vi os olhos daquilo. Dentro do crânio do animal havia fogo. Os olhos eram como duas brasas, mas de alguma maneira, não deixavam a luz sair. Não sei como era o resto da cara do bicho, se tinha focinho ou se tinha lábios... Não sei. Depois que vi aquele par de olhos, eu voltei a correr.
Enquanto corria, ouvia a coisa vindo atrás de mim. Ele não estava dando o melhor de si, parecia estar se divertindo comigo porque eu ouvia as patas galopando atrás de mim... O som abafado era alto o suficiente para me fazer gritar pedindo ajuda.
Como ninguém via aquele bicho? Como o exército não estava ali jogando mísseis? Eu não sei. Como eu disse, parecia que o mundo tinha parado. Eu corri sem parar durante muito tempo – bem mais do que julgava ser capaz.
Em certo ponto eu pensei em desistir. Por que estava correndo tanto? Eu tinha dois irmãos que cuidariam dos meus pais quando ficassem velhos, eu não tinha namorada, eu não tinha filhos, ninguém precisava de mim... Então, pra quê correr?
Antes de concluir o pensamento eu tropecei (ou minhas pernas fraquejaram), e eu caí no chão como uma peça de alcatra. Senti o asfalto lixar meu rosto e antes de erguer os olhos, o bicho pulou por cima de mim. O pensamento sobre parar de correr virou fumaça e eu percebi que não podia ser pego por aquela coisa. Aquilo não era um bicho, aquilo era um demônio! O que acontece com as pessoas comidas por demônios?
Eu não queria saber.
Me arrastei pra calçada enquanto o bicho chegava perto. Comecei a rezar uma Ave Maria, mas eu não sabia mais da metade da reza. Imaginei que Deus estivesse pouco se lixando para mim porque nem rezar eu sabia. Tentei me lembrar da última vez que entrei em uma igreja, mas também não me lembrava.
Então o bicho chegou mais perto e mordeu minha perna. Lembro que senti uma dor tão forte que não consigo nem descrever... Eu sabia que tinha perdido o membro e logo perderia mais. Enquanto me mastigava, o bicho chegava mais perto. Eu fechei os olhos e gritei.
Quando abri os olhos, estava na calçada, era dia e um senhorzinho me encarava. Me encolhi para trás. O quê? O bicho tinha se transformado no velho?
– Não quero bêbados na minha calçada!! –ele disse.
Eu não estava bêbado. Olhei para minha perna e soltei um xingamento. Ela estava machucada, mas ainda estava lá. A calça estava rasgada na panturrilha, havia sangue seco no jeans... Passei a mão pelo rosto e senti os machucados na bochecha. Aquilo tudo tinha sido real, não tinha como ser coisa da minha cabeça.

O velho continuava me olhando feio, eu me levantei pedindo desculpas... Fui para casa, inventei uma história sobre um assalto... Mas até hoje não sei bem o que aconteceu. Hoje em dia tenho uma cicatriz na perna. Não parece coisa feita por dentes, parece uma queimadura profunda. Não gosto de mostrá-la para ninguém... E, o mais estranho, é que às vezes sonho que eu sou a coisa... E, deus... Eu tenho fome. 


domingo, 21 de dezembro de 2014

19

Assim como todos os anos, não aceito muito bem minha nova idade. É claro que o aniversário é só uma data para marcar essa troca de números, mas mesmo assim eu gosto cada vez menos.
Não que eu não queira ficar velha. Quero. Vou ser a Dona Anésia e assumir meus cabelos brancos... Mas isso daqui um tempo.
Hoje em dia não me vejo com 19 anos. É estranho.

No ano passado eu tinha dito à minha mãe que não queria mais nenhum tipo de comemoração quando chegasse essa data. No início do dia descobri que haveria uma festa surpresa que envolvia amigos e familiares. Odeio surpresas.
Ok, certo... No final da festa olhei para minha mãe e disse que não queria mais comemorações - por mínimas que fossem...
Hoje abri a geladeira e voilá: um bolo.

Cara, por que ninguém respeita minhas decisões?
Por que é tão difícil deixar uma capricorniana quieta?
e.e

Enfim... 19 anos nas costas.
Ano que vem é 20. Duas décadas e ainda não fiz nada de útil na minha vida. Isso é frustrante.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

642 coisas sobre as quais escrever 68 - 70

Lista completa: http://goo.gl/9KqNJm

68. Escolha um pequeno objeto a ser dado um dia para o(a) seu/sua bisneto(a). Escreva uma carta para a criança, explicando por que escolheu aquele objeto.
Eu talvez escolheria minha coleção de moedas que pertenceu ao meu pai e, antes disso, ao meu avô... Mas essa coleção foi roubada, então né... Estou recomeçando a coleção, mas não é a mesma coisa.
Eu escolheria então meu chaveiro do Canadá. O dia mais alegre da minha vida aconteceu na minha primeira nevasca do dia 18/dez/2012. Acordei no horário normal, escovei os dentes me arrumei, deixei o sobretudo e a bota prontos para partir... Fui até a cozinha e o café já estava na mesa. Ainda estava escuro e lá todos respeitavam a sensibilidade matinal dos outros. As luzes estavam apagadas, as cortinas fechadas e todos falavam baixinho... Terminei meu café, coloquei o sobretudo e enquanto estava calçando a bota, ouvi minha host dizendo: Did you see the snow?
Ergui os olhos e vi a rua. Tudo estava branco. Fui andando feito um zumbi em direção ao lado de fora e senti os floquinhos caindo no meu rosto. Enquanto minha host fechava a casa e corria para dentro do carro, uma súbita vontade me atingiu: COMER NEVE.
Sem nenhuma explicação razoável, eu simplesmente peguei a neve que estava acumulada no retrovisor do carro e taquei para dentro da boca. A neve derreteu e virou água em segundos. Fiquei uns segundos parada, olhando aquele mundo branco... Até que minha host abriu a porta do carro me chamando para entrar.
Eu consegui chegar na escola, mas muita gente ficou pelo caminho. Os professores não chegavam e então decidimos brincar de guerra de neve. Sim, meus amigos... Foi a coisa mais incrível ever.
Gostaria que essas pequenas descobertas com grandes alegrias fossem parte da vida de meus descendentes. Não necessariamente uma guerra de neve, mas pequenos sonhos que se realizam... Coisas que você passa e nem consegue explicar direito. São essas coisas que constroem a vida... Não deixe de aproveitá-las.

Esse vídeo pertence ao dia da neve. Eu estava um pouco afobada, então ignorem os "tipo".
http://youtu.be/SEklafFaeGs


69. Você vai aparecer em um talk show. O(a) produtor(a) vem nos bastidores para obter uma história engraçada que o(a) apresentador(a) deve focar. Escreva uma história como um monólogo que você está contando em rede nacional.
Eu não falo espanhol. Tive algumas aulas na escola (saaalve professora Rosana!), mas não sei muito mais que "acima, abajo, al cientro, al dientro!". Quando eu e meus pais fomos para a Argentina, esse pouco portunhol que sei foi colocado em prática. Por minha insistência, nós fomos visitar o Zoo Loján - um local onde é possível entrar na jaula dos tigres e leões. No entanto, esse é um passeio um pouco arriscado porque os animais têm dentes e, ao contrário do que dizem, não me pareceram muito "dopados".
Enfim... Para chegar ao local, era necessário uma pequena viagem. Estávamos no porto de Buenos Aires (porque estávamos no meio de um cruzeiro, bjs) e precisávamos chegar ao obelisco. Uma moça muito simpática nos mostrou um mapa e nos mostrou como chegar lá. Eu entendi e coloquei-me a guiar meus pais...
Para minha surpresa, eles estavam completamente "perdidos". Eu não sabia andar por lá, claro, mas eles pareciam estar sofrendo de algum tipo de lentidão. Com meu portunhol pééeéeeeeessimo, acabei tendo que pedir a mesma informação dezenas de vezes.
Chegamos ao obelisco de Buenos Aires, mas onde estavam os tais transportes para o zoo? Pergunta aqui, pergunta ali... Nada. Até que parei dois carinhas e arrisquei algo como: Estoy procurando ônibus para zoo loján.
Os caras me indicaram o metrô, mas eu não queria metrô. Eu queria o maldito ônibus! Então me lembrei das aulas de espanhol que tinha na escola... Ônibus era "autobús". Mas eu estava procurando vans, não ônibus. Como dizer "van" em espanhol?? Pequeno ônibus deveria servir. Depois dessa incrível epifania, arrisquei novamente: Estoy procurando um pequenho autobús para zoo loján!
Pois os caras se colocaram a rir. Fiquei parada, olhando pra eles enquanto os dois hombres tentavam controlar as risadas. Eles riam realmente muito. Um deles disse algo como: "qué?!?". Fiquei envergonhada. Será que tinha falado alguma coisa errada? Aparentemente sim.
Então vi uma van passando na avenida. Apontei e disse: aquilo!!
Os caras soltaram um "aaaaaaaahhhh!!!!" e um deles completou: "usted procura una KOMBI!".
Mano, QUANDO é que eu ia descobrir que van era kombi?
Os caras me indicaram o caminho, eu agradeci e eles se afastaram rachando o bico. Até hoje não sei a razão de tanta graça...


70. Descreva duas visitas ao circo a partir do ponto de vista de alguém que é bipolar. Em uma visita, ele(a) é maníaco(a), e em outro, ele(a) está em um poço de desespero.
A placa dizia "Circo hoje!" com um tom de animação que me contagiou. Ainda que estivesse noite, as cores chamativas atraíram meu olhar e me deixaram parado no meio da rua por vários minutos. Da última vez que um circo viera à cidade, a polícia chegara bem perto de me prender. Dessa vez não. Dessa vez tudo daria certo. Enquanto se aproximava da bilheteria e tirava a carteira do bolso, senti as mãos tremendo. Eles vão desconfiar. Respirei fundo tentando me acalmar. Tudo daria certo, não haveriam provas contra mim.
Paguei meu ingresso e guardei o troco rapidamente nos bolsos. Aquela seria a chave para a noite de sucesso.
Entrei no picadeiro e esperei que o lugar lotasse. Crianças, namorados e velhinhos encheram as cadeiras. Eu aguardei, ignorando aqueles palhaços idiotas, os cãezinhos ensinados e o mágico com truques velhos... Eu esperei, imaginando como minha noite poderia acabar. Uma vozinha em minha mente criava planos, mas eu precisava ter calma... Antes do intervalo já comecei a sentir o cheiro de pipoca. Era hora. Saí de meu lugar pedindo licença às pessoas...
Fui para o lado de fora e me aproximei sorridente da moça que vendia pipoca. Ela respondeu meu sorriso. Bom. Pedi uma pipoca grande e em seguida perguntei o preço. Mesmo sabendo que não havia o suficiente, tirei minhas moedas e olhei para a moça com um sorriso torto. Joguei as moedas de volta e tirei a carteira. Lá dentro tinha uma nota alta de dinheiro e, obviamente, a moça não tinha troco.
- Pode ficar, depois eu venho buscar o troco. -eu disse dando uma piscada.
A moça riu e eu voltei para meu lugar bem a tempo do intervalo ser oficialmente declarado. Esperei pacientemente enquanto velhos e crianças iam no banheiro e gastavam seu tempo comprando pipoca, algodão doce e tranqueiras. Quando a segunda parte começou, eu saí e fui em direção à moça. Olhei ao redor e vi um garoto retardatário que voltava correndo de um dos banheiros.
- Seu troco. -disse a moça, me entregando dinheiro.
Meus olhos acompanharam o menino que voltava para dentro do picadeiro. Era hora.

---

A placa dizia "Circo hoje!" com um tom ridículo de animação. Como uma mera placa poderia ser tão alegre? Havia dinheiro em meu bolso e achei justo gastá-lo antes de... Fazer o que tinha que fazer. Enquanto andava até o lugar, senti vontade de chorar, mas não chorei. Era necessário ser corajoso para fazer o que eu queria e chorar não ajudaria em nada.
A moça que pegou meu dinheiro sorriu alegremente ao me entregar o ingresso. Por que ela sorria? Porque era mandada ou porque viver com o circo era tão feliz quanto diziam as histórias? Por um breve momento pensei em fugir com o circo... Aquela ideia era tão absurda quanto fugir com os ciganos - o que eu pensara bastante nos últimos dias. Fui lentamente até meu lugar e assisti os cãezinhos fazendo travessuras... Eles ganhavam biscoitos por seu trabalho, mas eram amados ou castigados? As ONGs que cuidavam dos bichos não poderiam ver tudo o tempo todo... De repente os pulinhos dos poodles se tornaram drásticos. Os palhaços que riam de coisas trágicas, como se aquela fosse a única solução. Não era. Como alguém poderia ser feliz sendo tão idiotas? Pessoas assim, se existissem de verdade, não mereciam viver. Os mágicos iludindo velhos e novos, como? Por que as pessoas gostavam de se iludir? Porque elas querem viver. Era isso, fazia todo sentido. A vida se resumia àquele momento: o mágico e as pessoas que o assistiam. Todos sabiam como os truques aconteciam, mas apenas eu estava disposto a contestá-lo.
Não aguentava mais aquilo. Me levantei antes do intervalo ser declarado.
Saí de perto das luzes e da música.
Andei pela estrada pensando em tudo e em todos.
Parei no meio da ponte e respirei fundo enquanto ouvia a música recomeçar ao longe. A música pareceu se tornar ainda mais distante... fechei os olhos. Era hora.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

642 coisas sobre as quais escrever 62 - 67

62. Suas férias dos sonhos.
Hm..
As férias dos sonhos não tem data para acabar. Acaba quando eu decidir, não antes. Eu daria a volta ao mundo, conhecendo as pessoas e as culturas. Queria ver tudo que fosse possível, experimentar altos e baixos de aventuras - mergulhar com tubarões brancos e subir o Everest. Queria fazer um mochilão pro Peru, meditar com os monges da Índia, comer escorpião e carne de canguru.

63. A refeição perfeita.
Hm..
Lasanha com peito de frango à milanesa. Bjs.

64. Recontar a piada mais recente que você ouviu, como se fosse uma curta história de ficção.
Qual é a ligação entre gatos e os astros? Até onde o Cosmo liga as criaturas e objetos? Se nossos corpos são feitos de poeira espacial, seriam os felinos parte de um plano maior? Seriam eles a raça superior que nos criou? De onde viemos, para onde vamos? O que significam os sons, as vozes, os miados? Os sons passando pelo ar, sendo absorvidos por nossos ouvidos... O que isso significa? Como podemos entender latidos e miados mesmo sem pertencer à mesma espécie? Por que planetas não fazem miau? Porque astro-no-mia.

HU3333333333333333333333333333333333

65. Compartilhe um momento embaraçoso que seus parentes sempre contam sobre você.
Cara, tem uma história que é hilária - e terrível. Não é muito longa, mas enfim...
Eu tinha acabado de começar a andar. Tinha um ano? Algo próximo a isso, com certeza. Daí que minha mãe e meu pai trabalhavam e eu ficava com a minha vó (nessa idade, depois comecei a ir pra escolinha). Bom.. Eu estava na casa da minha vó e ela (toda boazinha) comprou umas presilhas para colocar no meu cabelo. Ela colocou, deixou minha juba bonitinha...
Ai eu arranquei as presilhas, joguei no chão e PISEI NELAS com raiva. É claro que uma criança de um ano não vai quebrar presilhas com um pisão, mas quebrei o coração da minha vó.
Sim, eu sempre fui... Assim.

66. Um presente inesperado 
Quando eu ganhei meu loro. É isso. sz

67. Escreva uma vida como o inventário de um leilão.
Eu vou fazer um leilão, quem dá mais pelo meu coração, que me ajude asdfghj a viveeer (8)'
Parei.

Um cantor sertanejo gordo e famoso. Todo mundo sabe pelo menos alguma parte de uma música dele e de sua dupla, Fabiano. Com uma rápida pesquisa, é possível constatar que o primeiro disco foi lançado em 2004, mas a dupla sertaneja continua fazendo sucesso no interior do país (?).

Parei HUEEHUEUHEUH 

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

642 coisas sobre as quais escrever #56 #57 #58 #59 #60 #61

Lista completa: http://goo.gl/9KqNJm

56. Escreva uma história em que cada frase comece com uma letra do alfabeto, em ordem crescente.

Antes de tudo existia o nada. Bastou Deus dizer "que haja luz" que a coisa mudou. Cara, a Bíblia é uma boa história. Deus foi uma figura  necessária para a raça humana... Ele criou tudo com o propósito de _?_. Felizmente o mundo tem mudado bastante e as pessoas começaram a pensar mais a respeito. Grandes grupos religiosos (ou anti-religiosos) têm surgido. Homens e mulheres estão abrindo suas mentes para questionamentos necessários. Igrejas precisam mesmo de tanto$ investimento$? Jesus era casado? Ler a Bíblia não deveria ser obrigatório? Mas, ainda assim, muitos se negam a ouvir sobre outras religiões. Nada pode convencê-los do contrário.
Ontem mesmo fui abordada por uma senhora cristã. Parei de andar e dei atenção à senhora. #QuemNunca? Rapidamente ela se colocou a falar sobre as preces à Deus. Sorri e disse que não era praticante daquela religião.  Tomei uma patada da mulher e prossegui meu caminho. Ultimamente isso tem acontecido com cada vez mais frequência. Viver como agnóstica é uma boa escolha, se querem saber. Xuxa não fez pacto com o Demônio - eu tenho a liberdade de achar. Zeus também entra na minha lista de "achismos".

*é um texto real. Exceto pelo fato de que não fui abordada ontem. 

57. Um crime famoso e insolúvel.
CAPITU TRAIU BENTINHO??
Nunca saberemos, meus caros.
Bentinho era um cara atordoado. O moleque poderia ser o oposto do Escobar, mas na cabeça louca do Bentinho, o moleque era idêntico. No entanto, porém, todavia, mãããaaaaasssss..... Eu acho que Capitu traiu mesmo nosso querido Don Casmurro. Ela era muito V1D4 L0K4 para manter uma vidinha ordinária de casada. Ela é exatamente como a Menina Má (do Mario Vargas Lhosa). Ainda que amasse o Bentinho, ela não resistiria à tentação caso o Escobar desse chance (o que ele provavelmente fez).
NO ENTANTO, PORÉM, TODAVIA, MÃÃÃAAAAAAS.... Não acho que o filho seja necessariamente do Escobar. Não é porque ela traiu o Bentinho que o filho seja do outro. Mas também não quer dizer que não seja.
Portanto considero Capitu adúltera, Bentinho louco e Escobar um pilantra.
Mas nunca teremos provas (y)

58. Descreva uma pessoa que você vê todos os dias.
Minha mãe é baixinha. Deve ter seus 1,57 de altura (DISSE A GIGANTA DE 1,98 #sqn). Hoje em dia tem o cabelo curto, tão cheio de luzes que já se tornou loiro, liso e estiloso. É tipo um chanel, mas com pontas. É estranho (bjs, sou sincera). Ela parece um suricato. Sempre falo isso pra ela.
Ela pode reclamar que precisa de regime, mas acho que ela é saudável - nem magra e nem gorda. O rosto é fino e ela diz que ama os próprios pés e orelhas (eu também digo que ela é narcisista pra caramba. É uma piadinha com tom de verdade). Os braços são finos e sensíveis (se você olhar com muita força, ela já fica com um vergão roxo). Os olhos são castanhos escuros (mais escuros que os meus) e movem-se de um lado para o outro como uma coruja.
Ela é tão expressiva quanto eu. Os olhos e o rosto expressam mais do que as palavras. As palavras são tão cortantes e arredias quanto as minhas. Sim, herdei bastante coisa dela. Mesmo que pareça com um suricato, ela é uma leoa. Se irrita fácil (assim como eu), é mandona (assim como eu) e fica p de vida quando é contrariada (assim como eu).
Ela é inteligente. No entanto, tem um bloqueio terrível no que diz respeito a mitologia. Ela também não é muito dada aos livros e alega que não tem tempo, mas tem tempo para ver novela. Claro, bem mais útil. (y)
Minha mãe não é de pegar no meu pé a respeito de minhas decisões para a vida. Eu não dou trabalho como filha (além de minha língua afiada) e ela não dá muito trabalho como mãe. Antigamente brigávamos mais, mas hoje em dia não temos mais paciência pra isso. Ela trabalha bastante e é uma boa líder - eu acho. Minha mãe é honesta e teimosa. Basicamente é um suricato com olhos de coruja e coração de leão.


59. O cheiro de um lugar que você ama.
O sítio do meu vô tem muitos cheiros, dependendo do lugar onde você está. Na casa é comum sentir um cheiro de mofo porque as janelas ficam fechadas por dias. Perto das abelhas (meu vô é apicultor) o cheiro de mel é delicioso. Às vezes você está bem longe e a brisa traz aquele cheiro doce e agradável. No meio do quintal é fácil sentir cheiro de eucaliptos ou das frutas - mexericas a dar com pau. Na parte mais baixa o cheiro é... úmido. As árvores mais densas e o riacho que delimita o terreno fazem o lugar ter um cheiro bom. Perto das galinhas o cheiro é de... bem... galinhas. Às vezes você está longe e sente o cheiro do almoço. Mesmo sem ninguém tocar o sino (sim, temos um sino para chamar os Leões para o almoço), já volto para perto de casa à pedido do estômago. O Sítio dos Leão (assim mesmo, sem plural) é um lugar de muitos cheiros. 

60. Descreva uma mudança física que você faria em si mesmo(a), se pudesse, e como isso mudaria a sua vida.
Oh, well... Sei lá.
Eu acho que eu teria mais ~~curvas~~ porque sou meio magrela. Isso não significa que eu quero ser a mulher melancia. Aquilo é horrível. 
Eu também queria os olhos verdes do meu pai e.e
/naquelas: arranca os olhos dele MUAHAHAHANão/

61. Escreva um jingle cativante para um serviço de encanamentos.
HEIN

A parede estragou, 
O piso levantou, 
O teto escureceu,
E você se fffffffffferrou! 


quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

642 coisas sobre as quais escrever #54 #55

Lista completa: http://goo.gl/9KqNJm

Primeiramente eu gostaria de dizer que PewDiePie está roubando todo o meu tempo disponível. Como eu não o conhecia antes?Na verdade eu tive que pausar um dos vídeos dele para começar a escrever aqui. Eu só tinha colocado o "lista completa em". hu3
Não é tão ruim assim porque eu treino meu listening (e meu vocabulário de palavrões americanos).

54. Escreva uma "mensagem na garrafa" e escreva para a pessoa que vai encontrar a carta.
Pera, quê? É pra escrever duas mensagens?! Acho que não... Enfim.

Faça o que te faz feliz. 

É o que eu diria a um desconhecido nas dadas circunstâncias.


55. A primeira mentira em que você foi pego(a).
Paaaãatz.. Não vou contar a primeira mentira porque não me lembro. Vou contar outra situação que foi super tensa.

O dia em que minha cara de pau foi extrema
Era o último semestre segundo ano do ensino médio. Eu estava pendurada com matemática, física e química (CLARO). A recuperação das provas era feita no mesmo dia e eu estava morrendo de medo. Apenas.
Uma professora de maternal foi convocada para ficar de olho nos alunos que estavam fazendo a prova. Eu não conhecia a mulher, então fiquei meio cismada em colar. Fiquei lá, olhando para minhas provas e pensando em como explicar a situação para meus pais. "Bem... Eu não sei fazer conta".
Foi então que vi uma pessoa ao meu lado colando na maior cara de pau. Olhei para a professora e ela fez aquela cara de "dane-se, vocês nem meus alunos são". Ah-ha. Era a hora de tirar 10 nas provas.
Lentamente, como se estivesse sendo observada por um animal selvagem, eu me inclinei para frente, estiquei a mão até a mochila, tirei a apostila de lá e a coloquei debaixo da mesa. Olhei para a professora. "Vai, criança", ela disse com os olhos.
Pois foi o que fiz. Achei os exercícios na apostila e comecei a copiar tudo na maior cara de pau ever. Só que tudo era lento, de modo que quando terminei a segunda prova (de química), TODO MUNDO da sala já tinha picado a mula. Ficou na sala eu, a professora e mais uma pessoa.
Continuei copiando, né?
Eis que daqui a pouco a terceira pessoa termina a prova e vaza. A professora deu uma olhada pra mim e foi até a porta. To eu achando que ela estava lá pra me dar cobertura, né? SÓ QUE NÃO.
Terminei a prova e comecei a organizar minhas coisas... Quando de repente vejo a coordenadora da escola conversando com a professora. Gelei. A coordenadora veio andando em minha direção e eu senti o coração disparar.
- Você estava colando, Gabriela? (sim, ela sabia meu nome).
- Eu...
Era hora de cuspir qualquer coisa que a mente criasse. Era hora de deixar a cara de pau falar.
- Ai Fulana, foi. Você sabe que eu não sou boa com números e que precisava passar, então copiei mesmo... Mas foi só esse exercício. Pode até ver... -eu disse tirando a apostila debaixo da mesa- O exercício é esse aqui, igualzinho ó.
Ela fez aquela cara, pegou uma caneta vermelha, riscou a questão e escreveu: ANULADA.
- Foi só essa mesmo, né?
- Fooooooi.
Sai da sala tremendo as hell, mas com uma vontade ENORME de rir. Cheguei na rua e deixei a gargalhada sair. Foi exatamente um HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA. Terrível, terrível...
Se a professorinha quis me ferrar, não contava com minha cara de pau.
Minhas notas foram: 10, 10 e 9. HUEHUEUHEUEUHEHEUHEUHEHEUHE

Mas não façam como eu, pessoal.



quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Sobre feminismo e essa sociedade sem noção

Estou desacreditada com o mundo.
Isso define meu momento.

Não faz nem uma semana que estou de férias da faculdade e já comecei com os meus dramas. Na verdade não sei se esse é um drama ou se é uma constatação verdadeira.
É terrível que tenhamos uma sociedade que defenda intervenção militar. Vocês sabem o que foi a ditadura? Não que eu tenha vivido nossa Idade das Trevas brasileira, mas eu sei um pouco sobre... O suficiente para saber que NÃO. Just no.

Esses dias foi divulgada uma pesquisa que dizia que 48% dos jovens acham que é errado uma mulher sair sem namorado. 80% diz que as mulheres não deveriam ficar bêbadas em baladas.
Cara, isso é ridículo! Só de pensar que tem gente que realmente acredita nisso, me irrito profundamente. Como assim a mulher não pode ficar bêbada? Como assim ela não pode sair sem o namorado? Ela é um cachorro que só pode sair de casa com coleira?!! PELO AMOR DOS DEUSES! Teu c*, meu amigo!

Eu não sou uma feminista que sai brigando com todo mundo, sai acusando tudo e todos de machismo... Muitas vezes penso, muitas vezes até compactuo... Mas calma lá, né? Eu acho que todo mundo tinha que ser igual e acabou. Acho SIM que mulheres precisavam de serviço militar obrigatório OU que os homens não fossem obrigados.. Acho que a idade de aposentadoria deveria ser igual e acho que as pessoas precisam discutir isso de maneira mais gentil. Quando o assunto é feminismo e machismo, o pessoal perde a linha.

Não acho que as mulheres têm que dominar o mundo (tipo aquele episódio da Liga da Justiça que todos os homens ficam doentes. bjs). Não quero um mundo só com mulheres. Really. Ainda que precisemos deles para a reprodução, também precismos deles por serem diferentes de nós - mulheres. Sempre gostei de ter amigos meninos porque eles são hilários. Pode-se aprender muito com a sociedade masculina.
No entanto, quero um mundo onde eu tenha as mesmas chances e oportunidades que um homem; assim como um negro tem que ter as mesmas oportunidades de um branco e assim como os pobres têm que ter as mesmas oportunidades que os ricos. Igualdade, cara.

Ai às vezes aparecem uns caras no facebook que... meu deus. Estou cortando relações com meia dúzia de moleques por conta disso (e por conta de outras coisas também). Não tenho mais a mesma paciência de antes.
Esses dias um cara publicou uma imagem da Joana D'arc dizendo: "ela não precisou de feminismo para liderar um exército". Vamos pensar um pouquinho, meus amigos... Se ela era tão respeitada sendo uma mulher, POR QUE usava roupas de homem? Simples: porque na concepção deles, uma mulher não lidera um exército.
Respondi isso sem brigar, só de boa... E o cara me diz: "Mas quem está falando do fato dela ser mulher ou não? Essa não é a questão". CLARO QUE É. Estamos falando de feminismo, então estamos falando do direito das mulheres!



Essa semana também tivemos o momento "pitty vs anitta"
Como disse uma amiga: "Isso dispensa comentários".

Logo em seguida vem o episódio do Bolsonaro sobre "não te estupro porque você não merece"... E ainda tive que discutir o assunto com dois caras no facebook. Gente, OI? Estamos discutindo se a mulher "merece" ser estuprada ou não?? Estamos em 2014, quase 2015!
O argumento é: "..mas o que ela disse antes merecia resposta". Cara, NÃO. Nada justificaria o cara dizer uma coisas dessas. N.a.d.a.

Olha, de verdade... Estou desgostosa com nossa sociedade.
Tem americano praticando tortura, tem comissão da verdade andando na mesma velocidade que uma pedra, tem tragédia o tempo todo na tv, tem menina de 12 anos ficando grávida (com essa idade eu brigava com os meninos sobre qual pokemon era mais legal), tem gente votando no alckmin (próxima eleição esse bando de -- vota nele pra presidente), tem essa falta d'água ridícula e gente postando "vou tomar banho de 30 min, bjs".. tem esse metrô de merda, fedendo à cartel.. Sabe? Cansa?

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

642 coisas sobre as quais escrever 49 50 51 52 53

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49. Descreva em detalhes a coisa mais entediante imaginável.
Uma tampa de garrafa
Ela está em cima da minha mesa, há centímetros de mim. Pertence a uma garrafa de H2OH Limoneto que comprei no almoço. É de um tom mais escuro que a tampa de H2OH normal, assemelhando-se à cor do Palmeiras. A parte de dentro tem três gotinhas de líquido, mas logo irão secar. O lado externo é cheio de risquinhos da vertical (para que nossa mão não escorregue na hora de abrir). Na parte de cima está escrito em branco "OH!" e em cima disso tem uma espécie de QR Code.
Virando a tampa ao contrário, temos  cinco pontos brancos que há algumas horas formavam o lacre da garrafa. Na parede interna existem linhas plásticas na horizontal que unem-se à garrafa quando fechamos.

50. Escreva um poema usando o sistema limerique (vááá pesquisar ;p)
Sim, eu fui pesquisar. A Clarice Lispector usava isso.

Queria sair daqui e ir viajar, 
Pegar o carro e ver o mar, 
Pegar a rodovia, 
Só chegar no outro dia; 
Disso eu vou gostar.

51. Você está almoçando com um(a) amigo(a), e ele(a) recebe uma ligação no meio da refeição. Escreva uma parte da conversa
[...] Eu sei. Eu já diss.. Uhum. É. Eu sei. Ahan. Tá bom... Sim, sim... Certo... Tá bom... Ahan... Ahan... Sei. Sei, sei. Certo. Não se preocupe. Eu sei. Ok. Qualquer coisa eu te ligo... Não, vai só fulano e ciclano. Não, não vai beltrano. Sim. A mãe dele sabe. Ahan. Ahan. Não. Não vou voltar tard... Eu sei.  [...]
^ qualquer um com a mãe no telefone.

52. Quando você fez xixi nas calças
Eu não me lembro '-'
Mesmo

53. Quando você notou que agiu de maneira racista. 
Eu morava em umas quebradas da zl há algum tempo. Ir para casa quando estava anoitecendo era sempre um drama. Ver um carinha de 17 anos e moletom no final da rua já era motivo de apertar o passo e se preparar psicologicamente para o assalto.
Eu pensava que era por conta da favela que ficava no quarteirão ao lado. Esse era o preconceito. Hoje em dia vejo que não. Qualquer um que se aproxime muito de mim já é razão para ligar o alerta de perigo. Qualquer um, qualquer lugar, qualquer horário.
Só pra constar: já fui assaltada por caras bonitos, bem vestidos e que falavam muito bem.
A última vez que quebrei a cara com isso não faz muito tempo. Estava subindo a rua da minha casa atual, já era tarde (estava voltando do trabalho) e a rua estava estranhamente tranquila. Do outro lado da rua vi um cara. Ok... Do outro lado da rua ele não poderia fazer nada contra mim, right? Eis que de repente o cara atravessa a rua com passos rápidos. Já olhei pra cara dele pensando: vou precisar lembrar da cara desse favelado quando for até a polícia fazer o BO. O coração acelerou e o estômago gelou. Não era um cara qualquer. Era um negão de 2 metros. "Maluco, f*deu" pensei.  No momento em que ele chegou ao meu lado, pensei em correr antes do anúncio oficial do assalto. Não corri porque não teria chances. Ele passou por mim tranquilamente e eu esperei ele me atacar pelas costas... Continuei andando rápido... Olhei para trás e o cara estava seguindo o caminho dele, na boa. Talvez fosse um cara trabalhador, indo pra casa, ver os filhos... Sei lá. É complicado.


segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

642 coisas sobre as quais escrever 45 46 47 48

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45. Uma peça de roupa que você guardou como lembrança.
Na verdade eu tenho o oposto: roupas que guardam lembranças.
Não fico guardando uma roupa porque ela me lembra algo, mas às vezes uso algo e me lembro de alguma situação (entende?). Mas isso é para poucas situações... Geralmente não me prendo a esse tipo de coisa.

46. O que está fazendo sozinho(a)?
Érh... É complicado.
Na verdade eu sou complicada. Eu sou chata, egocêntrica, ranzinza, petulante e muitos outros adjetivos não muito bons. Eu sei disso e as pessoas fazem questão que eu nunca me esqueça disso. Então aí já vai 25% de resposta para essa pergunta.
Outros 25% de resposta vêm com o fato de que sou impaciente. Se eu quisesse ouvir mimimi, namoraria com uma garota. Não tenho paciência pra drama, então acabo mandando tudo à merda e resmungando pelos cantos. Sim, sou resmungona.
Essa música define:

(Matanza <3 p="">

Os outros 50% de justificativa são simples: meus planos. Não tenho intenção de viver minha vida toda plantada onde nasci. Quero sair, crescer na vida, mergulhar com tubarões, pular de paraquedas... Como posso me amarrar à uma pessoa que não me acompanhe? 
Não sou uma árvore para criar raízes num jardim. Sou um pássaro para pousar onde quiser, quando quiser, se quiser; num pinheiro, num eucalipto, num cedro ou no alto de uma montanha. 

^ isso foi lindo. bjs

47. Você é um(a) falsificador(a) nigeriano(a). Escreva um e-mail que vai convencer o destinatário a enviar-lhe 200 dilmas ou obamas. 
Prezado (nome do e-mail do cara), 
PARABÉNS! O Sr foi sorteado entre os mais de 10 mil inscritos na Caixa para o sorteio de final de ano. O sistema é bem simples: depois de depositar R$500 (duzentos reais) ou mais na conta XXXX, o valor será revertido no triplo de créditos no Banco do Brasil. Caso não tenha conta em uma agência do BB, é muito simples: apresente um documento original com foto e a quantia será transferida para sua conta atual logo em seguida. Neste caso, uma taxa de 1% será cobrada sobre o valor total da transferência. 
---
ou então:
---
PROMOÇÃO: 
Tablet Samsung 
de R$900,00 por R$300!
APROVEITE! É POR TEMPO LIMITADO! 

48. Nunca subestime a vida dos velhos sentados nos bancos dos parques.
Era uma tarde quente de junho. Sr João estava na praça perto de sua casa, sentindo o vento abafado enquanto observava de longe as pombas cinzas que disputavam um pão velho. Ele suspirou. Sua vida tinha se tornado inútil desde que se aposentara. Antes, em seus anos de ouro, Sr João era conhecido como Agente 747. 
A747, como alguns chamavam, era encarregado de supervisionar a radioatividade do sol. Há 22 anos ele descobriu que havia alguma coisa muito errada. O sol estava mais quente, as explosões mais frequentes e o mundo cada vez mais perto de explodir ou ficar na escuridão total. Na época A747 mostrou relatórios para seu superior imediato. No mesmo dia ele foi aposentado. Desde então, ele observava pombos. 


quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

642 coisas sobre as quais escrever 37 38 39 40 41 42 43 44

lista completa: http://goo.gl/9KqNJm
37. Descreva algo vermelho de qualquer maneira possível, sem usar a tal palavra.
A capinha do meu celular é escarlate. Ela é simples e não cobre a parte de trás do aparelho, somente as laterais. Meu Moto G (celular de pobre, mas comprei com meu próprio salário. RUM) fica sempre com a a tampa preta e acho que combina bem com a capinha. A "moldura" de celular tem a cor das maçãs. Gosto dessa combinação de cores porque, de alguma maneira, faz parecer intimidador. Assim como alguns animais peçonhentos, as cores quentes mostram o quanto são perigosos. Eu curto detalhes dessa cor, mas não coisas muito chamativas. Cores chamativas não são de meu agrado, ainda que representem bem parte de minha alma de leão. A cor do fogo é importante para determinadas situações, apenas. Em alguns momentos queremos chamar a atenção, em outros não. Ainda assim, gosto do brasão dos Lannisters estampado sutilmente em minhas coisas.

38. Sua mais memorável experiência no banco de trás de um carro.
Annh... Sei lá.
Uma vez (há milianos) minha mãe foi me buscar de carro na escola. Eu era tão pequena que ainda ia no banco de trás do carro. Pois bem... Estávamos indo para casa quando um cara roubou a bolsa de uma tiazinha no meio da rua. O carro que estava na frente da gente tentou começar uma perseguição, mas acho que ele subiu na calçada, sei lá... Minha mãe tacou a mão na buzina e acelerou atrás do delinquente. O carinha corria feito o Usain Bolt (sério). Enquanto acelerava atrás do moleque, minha mãe berrava "PEGA LADRÃO! CHAMA A POLÍCIA!!". Ai o carinha entrou numa rua e o motorista que estava atrás da gente tomou nossa dianteira. Minha mãe abandonou a caçada e voltamos para nosso caminho habitual.

39. Qual a sua passagem favorita de um livro, filme, jogo ou poema?
Eu sou de fases... Hoje em dia tenho três especiais.
"Uma mente precisa de livros assim como uma espada precisa ser afiada" de GOT
"Ilumine, e o povo encontrará seu caminho" de Os Elementos do Jornalismo: o que os jornalistas devem saber e o público deve exigir
"O orgulho do mendigo é a vergonha do nobre" de O Cavaleiro dos Sete Reinos

40. Escreva sobre o que está te preocupando neste exato momento.
Até que hoje estou bem. A primeira coisa que me veio a mente é a nota de Ética, porque fiz a prova hoje e precisava tirar 4,5. É bastante se levarmos em conta a matéria (leis). No entanto, acredito que fui relativamente bem. Então não estou muuuuuito preocupada não.

41. Adivinhações de uma cartomante 
Você tem problemas.
Você busca algo em alguém.
Você não sabe bem como se sente em relação à algumas coisas.
Você precisava dizer umas verdades para aquela pessoa.
Você faz coisas ridículas quando está sozinho.
Você se arrependeu de dizer aquelas coisas.
Você se ilude.
Você guarda um segredo.
Você ouve uma música repetidas vezes quando cisma.
Você pensa muito.
Você é dramático.
Você sente saudades.
Às vezes você só quer fazer as malas e sair.
Às vezes imagina como seria bom pedir as contas na empresa.
Às vezes fica acordado por horas antes de dormir fazendo planos pro futuro ou se arrependendo do passado.
Você vai conhecer alguém especial.
Você vai ganhar dinheiro.
Você vai perder dinheiro também.
Você vai ter orgulho do que fez.
Você vai rir muito das coisas tristes depois de algum tempo.
Tudo acaba em histórias para serem contadas, não se preocupe.


42. O objeto mais antigo que você possui
Um dinossauro de pelúcia chamado Dino. Meu padrinho me deu no meu batizado. Ele é um sauropodomorpha rosa e usa um boné (!!!). Ainda que seja todo fofinho, a ponta do rabo dele é crespo e duro... Porque, quando eu era bebê, ficava roendo/babando naquilo. Não sei exatamente onde o Dino está, mas sei que não joguei fora.

43. Escreva um pequeno obituário de um estranho que você encontrou recentemente
Rubens Barros nasceu em 1939 em Barra Bonita do Sul, no interior de Minas Gerais. Mesmo com sua origem humilde, Rubens era formado pela Universidade Católica do Pão de Queijo, sendo advogado e agrônomo aos 22 anos. Aos 24 anos já era pai de sua primeira filha e casado com a filha do Barão de Café da região. Aos 25 iniciou sua carreira de açougueiro, o que resultou em uma fama notável na pequena cidade de Barra Bonita do Sul. Em meados de 1960, Rubens deu o primeiro passo de sua carreira política. Perseguido pelos generais da ditadura, Rubens fugiu para Barra Bonita do Norte, divisa com Barra Bonita do Sul, e lá ficou até 1977, quando finalmente voltou para sua cidade natal. Depois de muito esforço e dedicação, Rubens Barros se elegeu como prefeito de Barra Bonita do Sul e lá permaneceu até ontem.
:(

44. Procure seu próprio nome no google.



quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

As Aventuras de Leão #5 - correndo dos Zumbis de SP (e ópera)

Esse post é relacionado ao As Aventuras de Leão #4.

Como da outra vez não deu certo, resolveram chamar as estagiárias OUTRA VEZ para a Sala São Paulo.
O trio parada dura estava de volta às ruas de São Paulo.
Dessa vez pelo menos o lugar estava aberto e tinha um evento acontecendo de verdade. Chegamos lá com aquela apreensão de "será que vai dar certo?". O momento decisivo foi quando passamos em uma catraca e voilá: entramos.
Um ambiente bonito, ryco, cheirando a dinheiro e cultura erudita. Chegamos um pouquinho cedo, então ficamos zanzando por ali, vendo a loja de bibelô souvenir, rindo de nossa humilde condição financeira e esperando...
Deu o horário, fomos para o camarote (e a bebida que pisca WAIT, NO) e observamos os músicos se preparando.
Não sei se você, leitor, foi criado em um berço de ouro e alimentado com orquestras, mas eu nunca tinha ido em uma ópera. Eu gosto de ouvir ópera, mas nunca tive o interesse de ir. Fui, afinal.
A ópera é como vinho: se você cresce bebendo dos melhores vinhos, nunca vai gostar de Sangue de Boi... No entanto, eu fui criada com Sangue de Boi e Goes.
A ópera é legal? SIM. Sim, é lindo! Os instrumentos, o maestro, os tenores, tudo... Mas só durante os primeiros 50 minutos. Eu achei que 150 minutos se torna um pouco cansativo e acaba ficando... chato. Mas, como eu disse: quem foi criado com vinho caro, vai gostar de ópera.
Mas fica a dica, pessoal.. Assistam ópera. São Paulo tem concertos gratuitos, é só dar uma pesquisada ai no google.

Enfim, a aventura começa na volta.
Era 11:30 quando decidimos abandonar a ópera e ir pro Metrô (que fecha meia-noite). Estava friozinho e nós nos pusemos a andar de volta para a estação Luz. Eu tentei não fazer contato visual com ninguém na rua porque ali é um pedaço da cracolândia. Fomos indo, fomos indo... No meio do caminho um cara passou na direção oposta e disse "boa noite". Não respondi.
Estávamos QUASE chegando na estrada do Metrô quando vi ~pessoas~ se aproximando atrás da gente. "Acelera o passo!" eu falei ou pensei, não sei até agora. Começamos a andar/correr.
A entrada do metrô (na Av Cásper Líbero, caso a assessoria de imprensa do Metrô esteja lendo isso e queira saber mais detalhes e___e Estou por aqui com essa Companhia ¬¬) estava chegando... Começamos a descer as escadas e então vi alguém se aproximar mais ainda. 
- Não corre, não corre! - disse a voz atrás da gente.
"CORRE!!!!" eu pensei enquanto já estava correndo degraus abaixo. Acho que meu corpo não se deu ao trabalho de verbalizar aquilo. (depois eu viria a descobrir que já tinham pegado a mochila da colega neste momento. Ela não tinha mais como correr). Alcancei a catraca, mas nesse instante ouvi um grito. Olhei para trás e uma zumbi do crack estava dando uma gravata na outra estagiária.
Um funcionário do metrô (que cuidava das catracas) falou alguma coisa pros zumbis saírem, como se fossem um cachorro sarnento entrando na padaria. Nessa hora eles já tinham desistido e vazado dali (depois descobrimos que eles levaram o colar da menina). A outra estagiária correu pra catraca e começou a tentar passar o bilhete único. "Que mané bilhete único!, passa por baixo!" falei pra ela.
Até o momento estou achando que a zumbi voltaria acompanhada de sua horda. No maior estilo zona leste, passei por baixo da catraca e então o funcionário falou: OW, OW, OW! Pode voltar!!
Cara, sério? Ele achou que eu ia aproveitar a situação pra não pagar?? Sério?? Ai o lindão abriu aquela portinha lateral, eu passei de volta para o lado de fora e paguei. Cara, é CLARO QUE EU IA PAGAR! 3 reais não vão me deixar mais pobre ou mais rica! Eu quis enfiar meu bilhete único no nariz daquele segurança.
Resumidamente: O cara não fez nada pra ajudar e ainda quis brigar comigo. Faça-me o favor, né colega? E ainda não fez nada para ajudar a menina que acabou de levar uma gravata do zumbi.




642 coisas sobre as quais escrever #32 #33 #34 #35 #36

lista completa: http://goo.gl/9KqNJm

32. Algo que você sempre se arrepende ao dizer.
A maioria das coisas sinceras.
Me arrependo de ser sincera quando pedem sinceridade. A maioria das pessoas NÃO SABE LIDAR com sinceridade. Falo que o sapato é feio, que a torta está ruim, que a maquiagem parece o Coringa, que o livro era podre e que aquela tal música é chata.
As pessoas querem que você diga determinadas coisas e, para viver bem em sociedade, você acaba se rendendo. É tipo as meninas que chamam as outras de "best" ou "amiga". É um reflexo do que você procura e as outras pessoas também... No entanto, me recuso a chamar as pessoas de "amiiiga". Acho ridículo. Ponto.



33. O que você correria para pegar em casa num incêndio?
Minha cachorra.
Em seguida meus documentos.



34. Se a cada década de sua vida fosse representada por uma música, quais seriam? (pãtz, que hard e.e)

década #1
Porque eu assistia esse filme TODO DIA de manhã no primário.

década #2

É minha mais nova música preferida. Fiquei em dúvida entre essa e Mulher de Fases, mas essa ganhou.


35. O que você estaria fazendo se não tivesse escrevendo aqui?
Estudando para a prova de Ética de amanhã.
É a prova que mais está me assustando nesse semestre, mas provavelmente vou conseguir dar meus pulos (as always).


36. Escreva sobre algo que você não sabe de absolutamente nada, como se soubesse completamente, quase expert no assunto.
Álgebra vetorial (estava na lista de matérias de engenharia)
Surgido depois de 1000 d.C, na Grécia, esse ramo de pesquisa começou como uma simples observação da natureza. A álgebra começou com um público seleto, mas logo foi se difundindo entre os principais matemáticos do oriente e alguns séculos depois chegou ao ocidente.
Inspirado pelas Grandes Navegações, a álgebra tomou um novo rumo: os vetores. Os vetores indicavam a direção que as caravelas portuguesas tomavam, levando em conta os ventos quentes do novo país tropical e o peso da madeira europeia.
Durante o período do Brasil Colônia, a Álgebra Vetorial foi praticamente esquecida no Brasil. Os filhos dos nobres e comerciantes com maior poder aquisitivo enviavam seus filhos para estudar na Europa e de lá voltavam sabendo apenas a Álgebra comum. No entanto, depois da proclamação da República, a parte vetorial foi retomada e continua sendo estudada até o momento.
O estudo é bastante simples: deve-se utilizar letras e números em conjunto para se resolver o problema proposto. Devemos observar os dados obtidos no enunciado do problema, bem como medidas de tempo, peso, elasticidade, resistência do ar, atrito, altura, graus da circunferência e espessura. No entanto, é necessário adicionar as letras: R, M, F, L, S, E (de nosso alfabeto) e α, β, ε, π, φ (vindos do alfabeto grego).
Para resolver a equação proposta, adicione os números em uma panela com água fervente e aguarde 15 min. Enquanto isso, prepare o molho utilizando as letras gregas. Jogue tudo em uma panela pequena e cubra de molho vermelho (aqueles prontos que vendem no mercado). Mexa bem e coloque no forno por 10 min (167ºC, nem mais e nem menos).
Enquanto isso, corte bem as outras letras e coloque-as em uma bandeja funda. Assim que os números estiverem prontos, adicione-os às letras e depois esparrame o molho de letras gregas sobre a maldita bandeja e... Está pronto para servir.
Tempo de preparo: -10²³³£ minutos
Rende: 2 pessoas


segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

642 coisas sobre as quais escrever #29 #30 #31

Veja a lista completa em: http://goo.gl/9KqNJm

29. Sua avó lhe deu um livro que você se recusa a ler.
Um livro de receitas, talvez.
Ou então algum sobre como uma garota deve se manter quieta e apenas observar o mundo... Um livro sobre como as mulheres devem obedecer os homens... Não sei.
Gosto muito de ler, então acho que não recusaria nenhum livro. Poderia colocá-lo no final da lista de livros para ler, mas não me recusaaaaarrr.




30. Entreviste uma pessoa que você pensa conhecer bem.
Entrevistei a Amanda, minha Consigliere, a Watson, a Watsan. A conheço desde.. Érhh... Ahn.. Eu não sei, mas faz um tempão.

Qual sua primeira memória na vida?
Cair do balanço no froebel

Acha que sua "alma" estava em algum lugar antes de nascer?
Sim

Um medo de infância?
Abelhas

Um sonho irrealizável?
Passar de primeira na usp

Um sonho já realizado?
Ter/estar amado/amando de verdade

A música preferida?
Me recuso a responder hu3 Não da para escolher só uma, tenho uma preferida para cada momento

Uma música triste?
Yesterday

Uma música feliz?
Someday - The Strokes

Qual sua flor/planta preferida?
Amor perfeito é a primeira que me vem na cabeça, me lembra minha infância

O filme preferido?
O fabuloso destino de Amélie Poulain

Qual seu livro preferido?
Vidas secas

Qual sua comida preferida?
É muito dificil

Algo que você odeia do fundo da alma?
Indiferença

A memória mais triste?
Loli

A memória mais feliz?
Não sei..

Uma dúvida sobre o mundo?
Quantas "Terras" existem na galáxia, Se o mundo é só o núcleo de um átomo e por ai vai
Uma frase/palavra que você sempre diz?
"Saquei.."

Matar ou morrer?
Depende. Se for para dar a vida por alguém, morrer.

Se dinheiro não fosse problema, o que você faria?
Seria bailarina ou alegrar os outros de algum jeito doido que não descobrir

Quais seus planos para o futuro e a das outras pessoas ao seu redor?
O clichê que você deve estar esperando, casar/juntar com o Diogo, ter um emprego que eu goste, fazer pós e mestrado e ter um apartamento. Continuar tendo uma relação boa com os professores da faculdade.
Você vai ser uma escritora não muito famosa e trabalhar na Abril ou na folha, seu livro mais vendido não vai ser de histórias vai ser um livro crítico sobre politica. Você vai estar com algum cara mas nada sério para você.
Elis vai estar namorando não sei se o Marcos ou outro, vai ter feito contabilidade e vai assumir o escritorio do meu pai.
E acabaram meus amiguinhos hasushauhsa

O que pensa sobre drogas e seus dependentes? 
Acho que se liberasse geral a conscientização viria com o tempo, muitos iriam morrer mas seriam o exemplo

O que pensa sobre horóscopo? 
Eu acredito em horóscopo, não me deixo levar por ele mas acredito. Tipo, "..tem tendências para jogos e trapaças" eu não vou ir de propósito só porque ta escrito.

Se pudesse escolher um pokemon, qual escolheria?
Algum de água. Tipo a Misty

Se você pudesse escolher um rei para governar o mundo, quem escolheria?
Ninguém. Muito poder para uma pessoa só
O quanto vale uma promessa?
Um promessa. Não tem o que pode quantificar uma promessa

Um lugar para conhecer antes de morrer?
Monte Evereste

Um som agradável?
Chuva ou vento.

O que mais gosta em você mesma?
Paciência

O que mais odeia em você mesma?
Não saber quando não brincar

Se você fosse um personagem de filme infantil/desenho, qual você seria?
Eu não sei, eu gostaria de ser a Mulan mas não sei qual eu seria

Qual a melhor parte de ser você mesma?
Sempre procurar algo para continuar tendo fé na humanidade

O que quer escrito na sua lápide?
Viveu intensamente

Considerações finais? 
Se pensou em alguma outra pergunta pode mandar
Quero suas respostas para as mesmas perguntas e.e




31. O que você acha que será obsoleto daqui a 20 anos?
Cartão de Crédito, CD, livros acadêmicos (será tudo online), Diário Oficial em papel e muitos outros jornais impressos, 3G, tv a cabo, carregadores de celular da maneira que são hoje, fones de ouvido com fio, gasolina...
Fiquei mais de meia hora pra pensar nisso. Sério. É difícil e.e