quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Ateus por todos os lados

Obs: O texto tem temática religiosa. Se você não aceita o assunto muito bem, não perca seu tempo lendo.


Aula de história.
A professora explicava a dominação dos espanhóis sobre os povos pré-colombianos (antes de Colombo).

- Quando os espanhóis chegaram, os povos pré-colombianos acreditaram que eles eram deuses... Os espanhóis eram muito diferentes dos Incas e os Astecas... Espanhóis vieram com barba, roupas fechadas... Eles vieram num barco! Levem em conta que os povos que viviam aqui antes não tinham barcos... E então eles aceitaram os espanhóis... Havia uma lenda que dizia exatamente isso: Os deuses viriam do mar, e eles acharam que os espanhóis eram os deuses.

Então um cristão vira e diz baixinho:
- Coitados... Tão ingênuos.

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Vamos olhar para a nossa era. O que a Bíblia diz que vai acontecer?
Apocalipse! Julgamento Final! Jesus! Arrebatamento!

Vamos supor que apareça um homem descendo dos céus... Os Cavaleiros do Apocalipse... Que o céu fique vermelho... Que o som das trombetas ecoe pelos céus...
No que acreditarão/remos?

No que a nossa cultura mandou acreditar, obviamente.

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O que leva um cristão a julgar um Asteca por partilharem da mesma característica?

Ok, são deuses diferentes... Um veio do mar, o outro viria do céu... Mas... Entendem o que eu quero dizer?
Estão no mesmo patamar de crença. Eles faziam sacrifícios, cristãos pagam dízimo... Dá na mesma.



Aí você para pra pensar que eles são/nós somos tão ignorantes quanto aquele povo...
E também nos faz pensar que somos todos ateus.

CALMA. Não me queimem na fogueira. Vou explicar.


Somos todos ateus diante às crenças alheias.

Um católico acredita em santos.
Um crente não, então ele Não Crê nos Santos.
Testemunhas de Jeová não fazem transfusões de sangue,
Católicos fazem, então católicos Não Creem nesse detalhe...
Espíritas... São gente fina.

"Ah, mas ateu é quem não acredita em Deus..."
Na verdade não é só Deus. É tudo.

"Os ateus tendem a ser céticos em relação a afirmações sobrenaturais, citando a falta de evidências empíricas." - wikipédia

Então crentes não acham evidências para acreditar em santos,
Testemunhas de Jeová não acham evidências para doar sangue,
Católicos não acham evidências para tirar todo aquele ouro do Papa e dar aos pobres...
...E por aí vai.


Eu gosto de falar sobre religião...
Fazia tempo que eu não entrava nessa questão aqui no blog.
Mas enfim... Esse é o "resumão" da ideia.
[risos]Acho que deu pra entender o espírito da coisa.[/risos]


Ah, só pra constar...
Eu não sou ateia. Sou agnóstica.
...me dou o direito de pensar e criar minhas próprias conclusões.
...E sim, acho que exista um Ser superior a nós, meros mortais.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

UUUUUHUUUULL!


AHGG!
VAMOS ESCREVER!

É o seguinte, gente linda: Passei no vestibular!

~as mina pira~
~os cara pira~
~a família pira~
~os cachorro pira~

É, meus caros! Sou uma pré-jornalista.... MESMO!

Não é lá a melhor faculdade do mundo, mas segundo o Guia do Estudante, é uma das 30 melhores do Brasil.
(Anhembi Morumbi - http://guiadoestudante.abril.com.br/vestibular-enem/conheca-30-melhores-cursos-jornalismo-brasil-584342.shtml)

ENFIM....
Haters gonna hate. "Todo mundo passa nessa faculdade..."
DANE-SE.

O peso que saiu das minhas costas é enorme!
A sensação de "EU VOU PRA FACULDADE!" é mega ótima!
Na boa... Estou pouco me lixando se o mundo está acabando ou não... Se hoje ainda é segunda feira... Ou se as pessoas são um bando de ingratas... eu passei no vestibular!

o ar parece um pouco mais leve! a vida parece ser um pouquinho mais alegre...!
...mas ainda sem sentido.

só sei que..

























HOJE FIZEMOS PROGRESSO!!





domingo, 16 de setembro de 2012

Vamos falar de POLÍTICA!

Ultimamente as pessoas andam me irritando mais do que o normal.
O motivo é simples: Reclamações sobre propagandas políticas.



Meus caros... Vivemos numa democracia. Logo, precisamos votar em nossos representantes.
Se não quisermos ter o trabalho de ir votar de 4 em 4 anos, vamos instituir a Monarquia (me candidato à monarquia... Afinal... Tenho sangue azul)

ENFIM...
Temos a democracia, e já era. Temos que votar. E, para votar, precisamos saber em quem estamos votando. Para isso existem as propagandas políticas.
Sem elas não teríamos como saber quais são os candidatos.

É claro que na teoria as coisas são de um jeito e na prática são de outro.
A teoria é a seguinte: Os cidadãos sentariam em seus sofás, assistiriam atentamente às propostas dos candidatos. Pensariam, discutiriam e decidiriam em quem votar.
A prática é o seguinte: As pessoas simplesmente desligam a televisão ou ficam viajando na maionese.

Eu sou uma pessoa profundamente cismada com o PT.
A grande jogada dos petistas é que eles falam o que o povão quer ouvir.
O povo precisa de transporte... Vamos prometer que vamos melhorar o transporte...
Mas, na minha opinião, eles falam muito e fazem pouco.

Não acho que o governo do Lula e da Dilma foi/está sendo tããão precário... Mas acho que deveria ser melhor. O país praticamente está se mantendo por si próprio. Somos um país imenso... Cheio de gente "feliz"...
Somos crianças que deveriam saber colocar Nescau dentro do copo de leite.

Então não vou votar no PT.
Sim, eu considero que votamos não só no candidato, mas também no partido.

E a proposta política que me revolta: O Bilhete Único Mensal.
Pra quem não sabe o que é Bilhete Único, clique aqui.

até aí beleza. O sistema funciona bem.
Mas o Haddad (o candidato) quer fazer o sistema se tornar mensal. Você pagaria uma taxa por mês e usaria sem restrição...
..só que...
Mas, não vou votar nos Tucanos.
Qual é?! O Serra abandonou São Paulo no meio do mandato!
É a MESMA COISA que largar um emprego sem mais nem menos e um tempo depois voltar lá como se nada tivesse acontecido.

Outra coisa: A proposta para a Saúde.
Ele disse que vai criar um "Gerente de Saúde" que resolveria os problemas das filas nos postos de saúde.
Só que ele diz que o tal profissional não é da área médica e nem da enfermagem.
Ok.... O cara vai ser O QUÊ?
Técnico em Mecatrônica??

E outra... Por que temos filas intermináveis?
- Não temos estrutura necessária
- Não temos a quantidade de médicos necessários
- Não temos uma equipe de enfermagem bem qualificada (desculpem, estou generalizando... Sei que MUITOS enfermeiros são extremamente competentes. Mas, uma maçã podre contamina as demais...)
- Não temos organização no investimento (porque o investimento até que existe...)

Então o Gerente de Saúde vai fazer o quê?
Ele vai atender o pessoal? É assim que ele vai desafogar as filas??
Sério.

NÃO-VOU votar no Serra.




Então pensei em votar na Soninha (PPS 23)
Ela estava com umas propostas legais sobre o preço dos livros e tal...
Mas a campanha dela está meio... lenta.

Ela é jornalista... E não está usando seus dons.... WHY?



Minha segunda opção seria o Levy Fidelix.
O cara do aerotrem... Qual é? Desde que me conheço por gente ele fala do tal do aerotrem.
Então vem os outros partidos e resolvem fazem o "monotrilho".
Eu jurava que tinha sido um acordo... Mas NÃO! Roubaram a ideia na cara dura mesmo.

Mas ele falou uma coisa que... na boa... ele VIAJOU.
Ele disse que vai descentralizar as coisas de São Paulo... Porque tudo está muito 'junto'
Então ele decidiu TROCAR um dos aeroportos de lugar!

Com o investimento que ele vai fazer pra TROCAR o lugar do aeroporto, era melhor fazer OUTRO aeroporto!
Pra uma cidade do tamanho de São Paulo, três aeroportos não soa uma ideia tããão absurda.
Vai ser gastação de dinheiro sem real utilidade.
Logo, não concordo.



Eu sei que nenhum dos dois vai ganhar. Mas... É a vida.
Hoje fizemos progresso.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Ladrões de Cavaletes

Essa é mais um daquelas postagens que têm como objetivo não deixar o blog morrer.
Pois bem...


Estamos em época de eleições.
Aqui em São Paulo as ruas e praças ficam cheias de cavaletes com propagandas de vereadores...

Existem campanhas no facebook que pedem que você chute os cavaletes...



Outras pedem que você faça Arte com os cavaletes...

clique para ampliar



Mas ontem eu vi uma coisa muito bizarra em relação aos tais cavaletes...


Eu estava andando na rua... Feliz e saltitante (não.), quando de repente me deparo com um cara (de uns 16 anos) correndo no meio da rua. 
Eu encarei o ser. O que ele estava fazendo correndo no meio de uma avenida movimentada?
Provavelmente seria atropelado, alguém precisaria chamar uma ambulância... Eu já estava praticamente com o celular em mãos.

Ele pegou um dos cavaletes que estavam na rua e voltou correndo com ele nas mãos.
Então o ser entrou em um carro - que já o aguardava com as portas abertas e um motorista careca;
ele entrou correndo, bateu a porta e o carro saiu cantando pneu (com fumaça e tudo).

Sabe aqueles momentos em que você não sabe nem qual é a sua reação?
Só encarei o carro sumindo na esquina mais próxima. 

Eles estavam roubando um cavalete achando que estavam roubando um banco!!

Cadê o sentido, não é mesmo?

Acho que em breve farei um post falando de política... .-.
Enfim... 
Hoje fizemos progresso.

sábado, 1 de setembro de 2012

[conto] Gaiolas sem janelas

Ela se perguntava se era possível estar sozinha mesmo cercada por uma multidão. O ônibus estava cheio, como sempre. Era uma noite amena de quinta feira, sem lua; sem nada de especial.
Ela estava de pé, segurando na barra de ferro do ônibus com uma das mãos e a outra no bolso, segurando o celular sem nenhum motivo especial. Os fones de ouvido estavam por dentro da camiseta e a música fazia uma tentativa frustrada de fazer o tempo passar mais rápido.
A mente estava perdida em algum lugar entre o cansaço de o tédio, presa como um pássaro na gaiola. Uma gaiola que poderia ser maior, mas o ciclo de tédio-cansaço não deixava.
Ela esticou os olhos para o livro que uma moça estava lendo. A moça deveria ter seus trinta-e-poucos anos... Lendo um livro de autoajuda. "Quando Deus fecha uma porta, ele pode estar abrindo uma janela".  
Ela lembrou-se da mãe dizendo que quem pula janela é ladrão. 
Aquilo não fazia sentido... Mas... Alguma parte da vida fazia?

Olhou pela janela e viu que estava quase chegando em seu ponto. Apertou o botão que mostrava ao motorista que alguém queria descer e uma pequena luz se ascendeu lá na frente.
Alguns segundos depois o ônibus parou e ela desceu os poucos degraus. Um homem desceu também. Ela colocou as mãos nos bolsos, aumentou o volume da música e começou a procurar as chaves dentro da mochila.
Tateou o chaveiro e em seguida puxou as chaves para fora. Ficou rodando o chaveiro nos dedos enquanto andava.
A rua estava deserta, bem como todas as outras noites. A grande desvantagem de se tornar adulto é essa... As pessoas trabalham, estudam e vivem uma vida simplesmente inútil. Chegam em casa tarde, cansados e fedidos.
Ela dobrou a esquina e viu o portão de sua casa. Vermelho-desbotado... Mesmo assim era seu pedacinho do céu no fim do dia.
Então a rua deserta ganhou mais um personagem. Um rapaz vinha com as mãos nos bolsos, em direção contrária a ela... Estava fumando um cigarro e soprando a fumaça como se fosse uma chaminé. Então ele atravessou e ficou na mesma calçada que ela.
O sangue dela gelou. Tirou os fones de ouvido e fechou a mão em torno das chaves. Ela acelerou o passo e abaixou a cabeça, mas manteve os olhos no sujeito – que àquela distância mostrava ser um pouco mais suspeito.
Barba por fazer, toca na cabeça, sapatos de marca e um moletom batido. Ela acelerou mais o passo... Estava quase correndo pra casa. Foi então que ela olhou para trás e viu mais uma figura sinistra virando a esquina. O coração disparou. Ela pegou o celular dentro do bolso... Talvez devesse ligar para a polícia... Não dava mais tempo... 
Talvez devesse gritar... Acordar todos os vizinhos... 
Seria uma boa hora para começar a rezar. "Quando Deus fecha uma porta...” Deus poderia abrir uma janela ali, no meio da rua naquele momento; que a levasse para dentro de sua casa, em segurança.

O homem encapuzado passou por ela encarando-a.
"Nossa..." disse ele quase num murmuro.
Mais alguns passos...
Poucos passos até a porta de casa...
A chave já estava pronta na mão...
Ela colocou o pé em sua calçada...
Mais dois passos...
Colocou a chave na fechadura, abriu o portão...
Olhou para o lado...
Os dois homens conversavam a cerca de dez metros, talvez menos... Eles a encaravam...
Ela deu às costas à rua e foi para dentro de sua casa, em paz.
Sobrevivera a mais um dia... Um dia comum, sem nada de especial; trancada em sua vidinha miserável...