sexta-feira, 30 de março de 2012

Objetivo platônico: Ausência de sofrimento

"o sábio busca a ausência de sofrimento, e não o prazer" - Aristóteles.

Mas o que há de ser a ausência de sofrimento?
Algumas pessoas estão bem de qualquer jeito. Podem estar lá, largadas no sofá... E estão bem. Se estiver passando Domingão do Faustão, melhor ainda.

Outras podem estra num dos momentos mais felizes de suas vidas, mas ainda não estão tranquilas.
Algumas se recusam a cantar "sou brasileiro com muito orgulho".
Orgulho?
Ok... Temos motivos para nos orgulhar... Mas também temos muitos motivos para manter a vergonha para nossos descendentes.

Digo isso porque ontem eu decidi assistir a final do BBB.
(motivo: nos comerciais passou um trailer dOs Vingadores.)
Nunca havia assistido um episódio do programa.
Havia passado alguns segundos por cima da Globo, mas geralmente isso acontecia por acidente.

Pois bem... Eis que me coloco de frente à televisão.

Pra começo de conversa: O Pedro Bial quer recitar poemas?
Não, não... é sério. São poemas aquelas coisas?
Daí que tem uma retrospectiva do tempo que eles ficaram na casa...
E depois tem aquelas charges...

Pode não parecer grande coisa, mas... Não consigo entender como as pessoas podem gostar disso.
Daí que a mesma pessoa vira e te diz alguns meses depois: "Propaganda política é um saco... Não sei porque passam isso na televisão" (sim, já vi pessoas usando essas palavras).

E isso é orgulho de ser brasileiro?

Mas, voltando ao foco do post: Ausência de sofrimento.
Algumas pessoas conseguem simplesmente ignorar coisas como o BBB.
Outras vão dormir e ficam pensando nisso... Remoendo...
Como uma pessoa dessa vai ter ausência de sofrimento?

Não entenda "sofrimento" apenas como "pessoas em estado terminal de câncer"
No dicionário temos "suportar, tolerar, ter paciência"

Volto a lhes perguntar: Como não sofrer com esse mundo?
Como deitar em sua cama e não pensar que naquele mesmo instante alguma criança está dormindo no frio e com fome?

Sabe...
eu sou egoísta, antissocial, chata PRA CARAMBA.. Mas o que é justo é justo, e as coisas não andam muito justas.

Paremos então de falar sobre BBB e crianças morrendo.
Falemos de casos individuais, nos quais um amigo 'traí' o outro.
Ou então, outra situação comum, onde o amor de sua vida te troca por outra(o);
ou ainda, aquele problema clássico de faculdades: TCC
Também temos aquele seu fuking vizinho, que fica com o rádio ligado à UMA DA MANHà;
Alguns trabalham, estudam... Precisam dar conta da casa;
Têm curso, tem vestibular, tem prova de Matemática na segunda-feira;
seus créditos do celular estão acabando...

São coisas pequenas, eu sei.
Mas elas puxam as grandes.

E mesmo assim você consegue se livrar do seu sofrimento?
Eu sei que você está respirando, pensando e provavelmente está saudável.
Mas pense nisso tudo como uma coisa maior, como disse no início do post.

Na boa.. É quase impossível ter a ausência de sofrimento.
Quando chegarmos à esse objetivo, seremos felizes consequentemente.
É provável que nunca cheguemos lá.

Hoje fizemos progresso.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Matrix e o Mito da Caverna

isso é meu trabalho de Filosofia.


Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.
Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder mover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira. Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vêm de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.
Um dos prisioneiros consiga se libertar e, aos poucos, vai se movendo e avance na direção do muro e o escale, enfrentando com dificuldade os obstáculos que encontre e saia da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza.
Caso ele decida voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se encontram, correrá, segundo Platão, sérios riscos - desde o simples ser ignorado até, caso consigam, ser agarrado e morto por eles, que o tomaram por louco e inventor de mentiras.


O filme Matrix faz uma metáfora deste mito.  Na história, máquinas com inteligência artificial controlam o mundo e os seres humanos são suas fontes de energia. As máquinas criam uma realidade simulada, chamada de Matrix, onde aquelas pessoas, que estão na verdade dormindo, vivem e acreditam ser o mundo real, o lugar que todos os seres humanos sempre viveram livremente e levaram suas vidas.
Essa realidade simulada é o nosso –suposto─ mundo real; com seus milhões de habitantes, seus sistemas políticos e personalidades individuais.
Contudo, existe um grupo de pessoas que conseguiu sobreviver e isolar-se em uma cidade chamada Zion, onde puderam construir naves e também terem acesso a Matrix através de programas de computador.
Morpheus é orientado pelo Oráculo (que é uma falha do próprio sistema) que ele encontraria o escolhido, que libertaria toda a Humanidade de sua “ignorância”.
Obviamente as máquinas, tendo consciência da missão de Morpheus, enviam os Agentes; que são basicamente programas encarregados de certas missões ─ que no caso envolvem o Escolhido.
Neste ponto se dá a cena mais marcante do filme, no qual Morpheus questiona Neo (o suposto escolhido) sobre a realidade em que ele vive (ou seja: a realidade criada pelas máquinas) e dá duas opções ao Escolhido: A pílula azul que faria com que ele esquecesse tudo aquilo; e a pílula vermelha, que o faria ver a realidade como ela é.
Neo escolhe a pílula vermelha, e com isso ele nasce no mundo real, onde encontra-se em meio a uma guerra entre humanos e máquinas.

Fica muito claro que a trilogia foi inspirada na ideia de Sócrates, e nos faz questionar (novamente, para alguns), se a realidade que pensamos ser real, é DE FATO real.
Não estamos numa caverna e nem mesmo numa realidade simulada por máquinas, porque são duas metáforas. Mas... Metáforas para o quê? Será que não têm um fundo realmente concreto? Será que nós, seres humanos, não somos tão ignorantes como os homens presos nas cavernas?
Só temos a noção de que eles são ignorantes porque nós estamos do lado de fora, mas... Será que temos alguém fora da nossa realidade?

Sem o conhecimento, não nos sobra muita coisa.
Se não tivermos certeza nem de nossa realidade, das coisas que podemos ver e sentir; como vamos ter certeza de algo?
“Só sei que nada sei” ─ Diria Sócrates às estas perguntas.
Mas na verdade, todos nós deveríamos pensar desta maneira. Aceitando a incerteza de absolutamente tudo, abrimos as portas para novos mundos e novas realidades. Realidades que num primeiro momento podem parecer absurdas

São perguntas que SE um dia forem respondidas, serão quase impossíveis de serem compartilhadas com as outras pessoas. Assim como no Mito da Caverna, a maioria não está preparada para receber informações sobre a realidade.
As pessoas se acostumaram à ignorância e à comodidade de não precisar pensar. Se apresentarmos uma nova ideia, que coloque as antigas aos pedaços, seremos mortos ─ talvez literalmente─, ou talvez nos internem em hospitais psiquiátricos.

terça-feira, 27 de março de 2012

Addams

sempre achei que era dessa família...

"Pra quem é Addams, a vida é mais a luz da lua;
pra quem é Addams, o frio manda no calor;
eu vejo o mundo cinza e fico em paz...
A vida com veneno vale mais!

Pra quem é Addams, um certo humor é necessário.
Pra quem é Addams, a morte sempre lhe cai bem.
Ninguém tá nem aí se o mundo aposta em ser legal,
A gente a Addams, e ser legal é ser do mal!"


Fato.


O musical está no Teatro Abril, SP.
Com Daniel Boaventura e Marisa Orth.
Eu recomendo.


sexta-feira, 23 de março de 2012

Love never dies (há controvérsias)

Perdoem-me pela ausência.
Estive muito atarefada ultimamente (mentira).

Enfim...
Se você é um leitor antigo já conhece minha obsessão pelo musical do Fantasma da Ópera.
Eu sei todas as músicas e passo dia após dia assoviando o musical pela casa (e pela rua quando estou de bom humor).

Daí que descobri que existe uma continuação para a história (!)
Love never dies não é lá um nome muito atrativo, mas... Eu fui assistir.
(se você quiser assistir online, clique aqui. Está em inglês e não tem legenda.)

Não vou ficar falando como o musical é. Se você quiser você assiste.



Eu tenho um sério problema: Me apego aos personagens de uma maneira muito emotiva. Me coloco no lugar deles, sinto sua dor e sua alegria.
Acho que os livros/filmes ficam mais emocionantes assim. (E de fato, ficam)
Eu já achava o final do Fantasma da Ópera uma coisa muito depressiva... Assisti Love never Dies e... Olha... Sem palavras.

AMEI.
Alguém PRECISA fazer um filme disso!

O Fantasma está mais... doce (?).
Talvez o tempo faça isso com as feras, não?
Talvez depois que as Christine's vão embora da vida dos Fantasmas, eles abram um circo e fiquem mais 'felizes'.
E aqui estou eu mais uma vez me coloco no lugar dos personagens...

Enfim...
Não preciso nem dizer que agora além de assoviar as músicas do Fantasma da Ópera eu também vou assoviar as do Love never Dies, né?

Tenho uma profunda admiração por óperas. Mas essa é especial... A história... A personalidade do Fantasma... "I'm the Angel of Music"...  The music of the night... 
Não sei o que me faz gostar tanto desse personagem. O fato, meus amigos, é que é uma das melhores ideias trabalhadas que alguém já teve.

E a continuação... Na boa, eu tive um quase-ataque do coração quando comecei a ouvir
(claro, preferia o Gerard Butler; mãããs esse também era muito bom).

Mais uma coisa: Pra você que não gosta de ópera... Você já ouviu? Já prestou atenção? Deixou os preconceitos de lado e deixou a alma ouvir?
É como os cristãos dizem: Você só pode ler uma Bíblia se estiver com mente e coração abertos. Eu realmente pego pra ler com coração e mente abertos... Admito: Existem alguns pontos que eu realmente gosto muito.
É tudo uma questão de respirar novos ares.
Fecha essa página e vai ouvir Con te Partiro (uma das minhas favoritas).
Pra fechar o post, o toque do meu celular:

Hoje fizemos progresso
*taaaa ta ta ta ta ta*


sexta-feira, 2 de março de 2012

asdfghj [parte 1]

Então leitores...
Eu e um amigo (em breve ele terá um blog e refaço este paragrafo) estamos escrevendo uma história. Na verdade ele é quem está realmente escrevendo. Eu sou só a segunda voz do negócio todo.

Enfim...
Não sei quantas partes essa história vai ter e não sei de quanto em quanto tempo vou postar aqui. Também não sei o nome da história (a pior parte na minha opinião)... Então estou colocando tudo o que foi escrito até agora para vocês, meus leitores, avaliarem.

É sério, eu espero que vocês leiam e digam o que acham.
obs: qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.
Se realmente estiver com paciência para ler, clique no "continue lendo" aqui embaixo. Se não estiver com tempo, paciência ou simplesmente não gostar de contos; nem clica.