sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Continuação do Conto do dia 01/02

eis o começo:   http://panicopsicotico.blogspot.com/2011/08/conto-do-dia-010211.html

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"Naquela noite eu não consegui ficar quieto um único segundo. Fui até a casa do Ricardo e procurei por alguma coisa que me fizesse entender aquilo tudo.
Eu pretendia encontrar alguns exames velhos, algum cartão de convênio... Sei lá. Procurei por algo que minha razão pudesse  confirmar a autenticidade.
Não preciso nem dizer que não encontrei nada, né?





Naquela mesma noite eu fui até a casa onde meu amigo tinha sido atacado. A casa estava cercada por fitas de isolamento, nenhuma viatura por perto... Um ou outro viciado na esquina, mas eles não eram importantes. Entrei pela porta da frente, desviei da poça de sangue que jazia no chão da sala e procurei algum sinal da garota...
Revirei muita coisa... Desde gavetas de meia até os pacotes de pão de forma.
A única coisa que encontrei foi o cabo de vassoura quebrado, caído num canto... Eu o analisei detalhadamente e vi algumas gotas de sangue seco na ponta.

Sorri. Aquilo era a prova de que era uma pessoa de carne e osso.
Deixei aquilo ali, intacto... Se a polícia encontrasse aquilo eu não precisaria nem mesmo esquentar minha cabeça com aquela história.
O fato do meu comparsa estar em coma era... Coincidência.

Eu saí da casa e senti um vento gelado. Levantei a gola da jaqueta e esfreguei as mãos à fim de esquentá-las. Cruzei os braços e comecei minha caminhada solitária pelas ruas.

Não sei se você já passou por isso... Mas... Sabe quando você simplesmente SABE que está sendo seguido?
Pessoas normais começariam a andar mais rápido, mas eu...? Eu parei no meio da viela. Coloquei a mão na perna e senti o coldre... Olhei ao redor e não vi absolutamente ninguém.
Já deveria estar passando das três da manhã.
A sensação continuou. Eu olhei por todos os lados e não vi ninguém... Talvez eu estivesse ficando louco... Talvez fosse o sono.

Fui pra casa. Deitei na minha cama e só acordei no final da tarde do dia seguinte.
Assim que abri os olhos meu estômago clamou por alimento.
Fui até uma padaria na esquina e pedi um salgado e um refrigerante. A televisão transmitia a péssima educação do apresentador do programa de domingo. Eu ignorava o mundo e tentava ser só mais um idiota assistindo aquele programa cretino.

Fiquei ali por um bom tempo. Aos poucos o sol foi sumindo...

Em um dado momento o programa transmitia cenas engraçadas, nas quais em algumas os bêbados ao meu lado riam alto. Eu continuava com os músculos faciais intactos... Mas talvez eu fosse chato demais pra esse tipo de coisa.
Nem notei quando uma moça se sentou ao meu lado. Ignorei-a tão cegamente que quando ela falou comigo pela primeira vez, tive a impressão de que fosse algo paranormal. Olhei a linda mulher ao meu lado e, um pouco sem graça, perguntei:
- O que disse?
- Perguntei se acha graça nisso...
- Não... Acho a maior babaquice.
- Então porque assiste?
- Gosto de me sentir normal.
Ela ficou me encarando. Em segundos a minha sensação de normalidade sumiu, dano lugar a um estranho desconforto. Talvez fosse aquela mulher...
Levantei, paguei minha conta e saí. A noite estava tão fria quanto a anterior.

Comecei a andar sem destino. O que eu queria? Queria que meu celular tocasse. Queria que alguém me desse trabalho... Pois, se eu tivesse trabalho, não deixaria as ideias malucas de Ricardo entrarem em minha mente.

Passos às minhas costas. Era ela, a mulher do bar."


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me digam sinceramente...
querem que eu abandone essa história boba,
querem que eu faça mais 300 capítulos disso aí,
ou querem que eu faça um ultimo capítulo e acabe logo com essa joça?

^^
conto com a opinião de vocês, caros leitores
- afinal, estou escrevendo à pedido de vocês.

Hoje fizemos progresso.

2 comentários:

  1. Hj fizemos progresso diria ele.

    Estou gostando continue

    Abraço Gabi

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  2. Com certeza deve continuar.
    Desculpe a minha ausência aqui, mas tem um curso que estou fazendo que está me consumindo, mas quero sim que dê continuidade a essa história.

    Beijos Gabi!

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